Após destituição de Yoon, Coreia do Sul define data de novas eleições
País enfrentou meses de turbulência política após impeachment Yoon Suk-Yeol. Novas eleições foram marcadas para o dia 3 de junho
Após meses de turbulência política, o presidente em exercício da Coreia do Sul, primeiro-ministro Han Duck-Soo, anunciou nesta terça-feira (8/4) que o país realizará novas eleições presidenciais em 3 de junho.
O governo “deve definir 3 de junho como a data para a 21ª eleição presidencial da Coreia do Sul”, disse o primeiro-ministro, acrescentando que o dia seria designado como feriado público temporário para facilitar a votação.
Antecessor dele, Yoon Suk-Yeol foi removido da presidência do país pelo tribunal constitucional por violar o dever oficial ao emitir o decreto de lei marcial, em dezembro do ano passado, e mobilizar tropas na tentativa de interromper os procedimentos parlamentares.
CRISE POLÍTICA
Yoon surpreendeu o país ao declarar lei marcial, o que desencadeou seu impeachment pelo parlamento e o impeachment do primeiro-ministro Han Duck-Soo, que também é presidente interino.
O impeachment de Han foi posteriormente anulado pelo tribunal constitucional e ele continuará no papel de presidente interino até a eleição.
A falta de gestão no topo do governo da Coreia do Sul ofuscou os esforços de Seul para lidar com a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, em um momento de tarifas crescentes dos EUA e crescimento lento na quarta maior economia da Ásia.
DE Jae-myung, o líder populista do partido liberal Democrata da oposição que perdeu para Yoon por uma margem mínima em 2022, é um claro favorito, mas enfrenta desafios legais próprios em vários julgamentos por acusações que incluem violação da lei eleitoral e suborno.
O partido conservador Poder Popular de Yoon tem um amplo campo de candidatos, liderado pelo ministro do Trabalho, Kim Moon-Soo, que já anunciou sua intenção de concorrer ao pleito.
De acordo com uma pesquisa Gallup, publicada em 4 de abril, 34% dos entrevistados apoiaram Lee como o próximo líder, 9% apoiaram o conservador Kim Moon-Soo, 5% o ex-líder do partido governista Han Dong-Hoon, 4% o prefeito de Daegu, Hong Joon-Pyo, e 2% o prefeito de Seul, Oh Se-Hoon.