O Corinthians foi condenado pela Fifa a pagar aproximadamente R$ 55 milhões devido a ações movidas pelo Talleres, da Argentina, e pelo Santos Laguna, do México, ex-clubes de Rodrigo Garro e Félix Torres, respectivamente. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira, 3, no site oficial da entidade.
O clube paulista recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), mas não conseguiu reverter a condenação. Agora, tem um prazo de 45 dias para efetuar os pagamentos. Caso contrário, poderá sofrer um “transfer ban”, ficando impedido de registrar novos jogadores nas próximas janelas de transferência.
Caso Rodrigo Garro
O impasse entre Corinthians e Talleres começou em janeiro de 2023, quando o meio-campista argentino foi contratado. O clube argentino exigiu um pagamento de R$ 3,5 milhões referentes a despesas operacionais e impostos da transação. O Corinthians, que já havia pago R$ 20 milhões à vista pela negociação, contestou a cobrança.
O Talleres levou a disputa à Fifa, que decidiu a favor do clube argentino, obrigando o Corinthians a quitar o valor adicional.
Caso Félix Torres
O zagueiro Félix Torres chegou ao Corinthians em janeiro de 2024, vindo do Santos Laguna por um valor total de R$ 38 milhões. O clube paulista pagou apenas a primeira parcela, deixando de quitar a segunda, que venceu em maio do mesmo ano.
O Santos Laguna acionou a Fifa, alegando que o contrato previa o vencimento antecipado das parcelas restantes em caso de inadimplência. A entidade máxima do futebol determinou que o Corinthians pague R$ 26 milhões ao clube mexicano, além de uma multa de R$ 3,9 milhões.
Posição do Corinthians
Em notas oficiais, o Corinthians esclareceu que as negociações de ambos os jogadores foram feitas com pagamentos programados em parcelas. O clube afirmou que, no caso de Garro, a dedução de impostos sobre a remessa internacional gerou o impasse com o Talleres. Já na negociação de Torres, confirmou o atraso na segunda parcela e destacou que a cobrança do valor integral foi levada ao CAS.
O clube segue acompanhando os trâmites jurídicos e confia em uma solução favorável nas instâncias superiores.
