A reunião do Conselho Deliberativo que votaria a reforma do Estatuto do Corinthians foi suspensa nesta segunda-feira (24). O encontro teve início por volta das 19h20, mas foi interrompido cerca de uma hora depois, por aproximadamente dez minutos, após conselheiros solicitarem a ampliação do debate e a definição de uma nova agenda de discussão. Ficou definido que serão realizadas dez audiências públicas, que irão dividir os temas da reforma do estatuto em eixos específicos, permitindo análise mais detalhada de cada ponto. As audiências acontecerão nos dias 1º, 4, 8 e 16 de dezembro, além de 21, 23, 26 e 29 de janeiro, e 2 e 4 de fevereiro. Inicialmente, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, havia proposto que a votação ocorresse entre segundas e quartas-feiras de dezembro, ainda neste ano. No entanto, os conselheiros questionaram a pressa e pediram maior espaçamento entre as discussões. Diante disso, as datas acima foram definidas durante o intervalo da sessão. Com base no artigo 85 do atual Estatuto, ficou estabelecida a suspensão da reunião, com reabertura em cada uma das audiências públicas. A votação final no Conselho Deliberativo ficou agendada para fevereiro de 2026. Já a Assembleia de Sócios, etapa decisiva do processo, está prevista para março do próximo ano. Os projetos que forem aprovados nas reuniões já valem para a eleição do ano que vem. Entenda a proposta de reforma do Estatuto: O anteprojeto de reforma do estatuto, conduzido por Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, propõe mudanças profundas na estrutura política e administrativa do Corinthians. A ideia é atualizar regras consideradas defasadas e redefinir como o clube toma decisões, quem pode votar e quais caminhos institucionais poderá seguir no futuro. Entre os pontos mais populares e sensíveis estão: Voto do Fiel Torcedor: possibilidade de torcedores do programa participarem das eleições presidenciais, ampliando o colégio eleitoral além do clube social. Cota feminina: previsão de percentual mínimo de mulheres em chapas e órgãos de poder, buscando maior representatividade. SAF: autorização estatutária para que o Corinthians possa, futuramente, adotar o modelo de Sociedade Anônima do Futebol, sem obrigatoriedade imediata. O texto também propõe ajustes em regras eleitorais, critérios de candidatura e fortalecimento dos mecanismos de fiscalização e transparência, com mais controle sobre a gestão financeira e administrativa.




