Coritiba x Bangu: A queda da soberba e o título histórico em 1985

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Camarão? Chopp? Como o Coritiba fez da “soberba” do Bangu o combustível para o título em 1985

Cena dos adversários na praia, na véspera da final, soou como arrogância para o elenco do Coxa

Quando a Soberba Tombou no Maracanã, o Coritiba calou o Bangu e fez história [https://s03.video.glbimg.com/x240/13797538.jpg]

“Toda soberba precede a queda”. Esse provérbio bíblico se fez presente nos dias que antecederam a final do Campeonato Brasileiro 1985 entre Coritiba [https://de.globoesporte.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/] x Bangu. O Coxa, um azarão assim como o adversário, enfrentou um cenário onde o respeito parecia ter ficado de lado, especialmente num momento em particular que sobreviveu ao tempo, tornando-se um dos maiores símbolos daquela decisão.

No Globo Esporte, os jogadores do Coritiba [https://de.globoesporte.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/] assistiram à cena que viraria combustível para a vitória nos pênaltis, dias depois: o técnico do Bangu, Moisés de Andrade, sem camisa, na beira da praia, rodeado por seus jogadores, saboreando camarões e chopp, exibindo uma certeza quase arrogante de que o título já estava garantido.

— A gente estava almoçando na concentração do hotel e passou a reportagem Moisés comendo camarão e tomando chopp. Isso foi um motivo a mais… ficamos bem motivados… nos motivou ainda mais essa cena aí…. e fomos para o Maracanã com essa cena na mente — relembrou o ex-atacante Edson.

Para os jogadores do Coritiba [https://de.globoesporte.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/], desde o mais experiente até o mais jovem, no caso o lateral-esquerdo Dida, então aos 19 anos de idade, a soberba do adversário impulsionou o Coxa na decisão.

Até mesmo Ado, ex-atacante do Bangu e lembrado como “vilão” por ter perdido o pênalti decisivo, reconhece o excesso de Moisés na véspera da partida.

Leia mais: + De azarão a campeão: como o Coritiba superou o eixo Rio-São Paulo para ganhar o Brasileirão 85 [https://de.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/noticia/2025/07/28/de-azarao-a-campeao-como-o-coritiba-superou-o-eixo-rio-sao-paulo-para-ganhar-o-brasileirao-85.ghtml] + Quiz: Coritiba campeão brasileiro há 40 anos! Faça o teste e veja o que você sabe do título de 1985 [https://de.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/quiz/quiz-coritiba-campeao-brasileiro-ha-40-anos-faca-o-teste-e-veja-o-que-voce-sabe-do-titulo-de-1985.ghtml]

Além da soberba explicita, o Coritiba [https://de.globoesporte.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/] enfrentava um sistema. O Bangu era bancado por Castor de Andrade, o bicheiro mais influente do futebol brasileiro na época, uma figura que dominava o Rio de Janeiro com dinheiro e influência. O documentário “Doutor Castor”, do Globoplay, escancarou como ele usava o time e a escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel para se promover.

Naquela madrugada de 1º de agosto de 1985, no entanto, o pênalti perdido por Ado e a cobrança convertida por Gomes foram o ponto final na arrogância que pairava sobre o Rio de Janeiro e o início da maior façanha da história do Coritiba [https://de.globoesporte.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/], o primeiro time paranaense campeão brasileiro.

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