Coronavírus: Brasil proíbe voos de seis países africanos

A identificação de mais uma variante do coronavírus faz o Brasil proibir voos de seis países do continente africano. O risco de proliferação da nova cepa, chamada de ômicron, é alto por isso o fechamento de fronteiras para África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini (ex-Suazilândia).

A medida foi anunciada nesta sexta (26) à noite pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, seguindo orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro declarou em entrevista à imprensa que é contra o fechamento de fronteiras por causa da covid-19 e que a nova variante do coronavírus já está no Brasil.

Além do Brasil, União Europeia, Reino Unido e os Estados Unidos também proibiram voos desses seis países africanos. No entanto, o governo norte-americano incluiu outros dois: Moçambique e Malawi.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o novo tipo do coronavírus está presente em três continentes, tem diversas mutações e apresenta alto risco de transmissão e de reinfecção.

Nome grego

O ômicron foi reconhecido pela OMS como a quinta variante do coronavírus, dessa vez registrada em Botsuana. O nome faz referência à sequência de letras do alfabeto grego, assim como nas cepas já identificadas: alfa, beta, gama e delta.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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