Coronavírus: China constrói em tempo recorde hospital de 1.000 leitos para tratar infectados

Numa ação rápida para tratar as pessoas infectadas pelo novo coronavírus, a China constrói neste fim de semana na cidade de Wuhan, onde se manifestaram os primeiros casos, um hospital de 1.000 leitos.

O vírus matou 25 pessoas na China e infectou mais de 800, informou o governo nesta sexta-feira.

A maioria dos casos está na cidade chinesa de Wuhan, onde se acredita que o vírus tenha se originado no final do ano passado.

O novo hospital está sendo construído em torno de um complexo de férias originalmente destinado a trabalhadores locais, situado em jardins à beira de um lago nos arredores da cidade, informou o Changjiang Daily nesta sexta-feira. Edifícios pré-fabricados, que terão 1.000 leitos, serão erguidos, informou o jornal, informa a Reuters.

Máquinas para construção, incluindo 35 escavadeiras e 10 escavadeiras, chegaram ao local na noite de quinta-feira, com o objetivo de preparar as novas instalações para que comecem a funcionar já na segunda-feira, acrescentou o jornal.

A China State Construction Engineering, uma das empresas que constrói o hospital, disse na sexta-feira que estava “fazendo tudo o que pode e superaria as dificuldades” para desempenhar o seu papel, acrescentando que agora tem mais de 100 trabalhadores no local.

O hospital pretende copiar a experiência de Pequim em 2003, quando a cidade enfrentou a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Cerca de 774 pessoas morreram globalmente na epidemia de SARS, que atingiu quase 30 países.

Na época, Pequim construiu o hospital Xiaotangshan em seus subúrbios ao norte em apenas uma semana. Em dois meses, tratou um sétimo de todos os pacientes com SARS do país, disse o Changjiang Daily.

“Isso criou um milagre na história da ciência médica”, acrescentou o jornal.

O hospital de Pequim, construído por 7.000 trabalhadores, foi originalmente projetado apenas para levar as pessoas que estavam em recuperação da SARS para aliviar a pressão em outros hospitais.

No final, tratou cerca de 700 pacientes com SARS.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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