O DE é o novo Comandante-geral da PM no Maranhão, que foi afastado devido a um escândalo envolvendo o uso de benefícios ilegais como falso taxista. Coronel Paulo Fernando é mencionado em uma investigação que expôs como policiais, servidores e empresários se passaram por taxistas para adquirir veículos com descontos devido às isenções fiscais. O caso veio à tona através de uma reportagem exibida pelo Fantástico.
O governador Carlos Brandão anunciou nas redes sociais o afastamento do coronel Paulo Fernando Moura Queiroz, visando garantir a integridade das investigações e sua imparcialidade. Em seu lugar, assume o coronel Pitágoras Mendes Nunes, enquanto as apurações seguem em andamento.
A investigação revelou que o coronel Paulo Fernando possuía registro como taxista em Bacabal, a 250 quilômetros de São Luís, e adquiriu dois carros com isenção de impostos. O último veículo teve um desconto de R$ 14 mil, conforme nota fiscal. O comandante admitiu ser proprietário de uma vaga de taxista na cidade do interior, embora tenha esclarecido que não exerce tal atividade de forma remunerada.
A utilização de placas com números vermelhos em veículos adquiridos com isenção para táxis chamou a atenção. A investigação aponta que, além do coronel Paulo Fernando, outros policiais também foram afastados por supostamente se beneficiarem do esquema. A Secretaria de Segurança Pública informou que as apurações envolvem diversos agentes públicos e ainda estão em curso.
O esquema de corrupção e sonegação fiscal descoberto no Maranhão revelou que diversas pessoas adquiriram carros como taxistas com descontos de até R$ 20 mil, sem exercerem efetivamente a atividade. A investigação identificou irregularidades em placas de veículos, indicando que parte dos beneficiados nunca realizaram corridas de táxi.
O Ministério Público apontou que servidores públicos, como policiais e outros profissionais, obtiveram vantagens fiscais de forma ilegal por se passarem por taxistas na aquisição de veículos. Os investigadores levantaram indícios de que mais de 35% dos carros adquiridos com isenção entre 2020 e 2024 apresentam fraudes no emplacamento.
A punição para os envolvidos pode ser severa, pois além da sonegação fiscal, há suspeitas de crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. As autoridades seguem apurando como alvarás foram obtidos fraudulentamente para comprar carros com benefícios fiscais. A investigação continua em andamento para esclarecer todas as irregularidades.