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Coronel do Exército teria tentado impedir prisão de golpistas por PM’s do DF

Última atualização 10/01/2023 | 09:12

Um vídeo divulgado na internet mostra um homem identificado como coronel do Exército tentando impedir policiais militares do Distrito Federal (DF) de prenderem golpistas dentro do Salão Nobre, do Palácio do Planalto. Nas imagens, os agentes públicos de Brasília questionam a ordem do integrante das Forças Armadas na ação deste domingo, 08.

 

“Eles estão obedecendo”, diz o coronel do Exército a um dos PM se referindo à ordem de interromper o vandalismo e desocupação do prédio. O policial, então, retruca “Cê tá doido?”. A entrada das forças de segurança no prédio ocorreu em meio à destruição da infraestrutura e patrimônio do local. Em seguida, os homens ignoram o coronel e cumprem a determinação de prender os extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

 

Cerca de 1,2 mil pessoas foram presas por envolvimento nos atos democráticos. Aproximadamente 951 deles são goianos, sendo dois estagiários, um delegado e um policial militar afastados das funções pelas Polícias Civil e Militar. O grupo foi encaminhado para delegacias do DF, onde passaram por exame de corpo delito e encaminhados para os presídios da Papuda e da Colmeia sem passarem por audiência de custódia. A medida foi adotada devido à excepcionalidade e ao risco de confusão entre os detidos.

 

A tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal, integrantes do Exército e da Força Nacional começaram a chegar para retirar o público dos prédios sede dos Três Poderes somente uma hora e meia depois do início da invasão, que começou por volta das 15h. No momento da ameaça, havia pouco efetivo policial na região, apesar de os bolsonaristas terem começado a concentração no dia anterior. A passeata do acampamento de manifestantes golpistas rumo à Esplanada dos Ministérios teve início no fim da manhã de ontem.

Assista ao vídeo:

 

Relembre

 

A demora do governo do Distrito Federal em agir durante a invasão de prédios sede dos três Poderes resultou na intervenção federal e na exoneração do secretário de segurança local Anderson Torres. A atuação da União foi oficializado por Lula em um discurso no início da noite deste domingo, 08. Mais cedo, o líder do governo no Congresso federal, Randolfe Rodrigues, e a presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, haviam feito o pedido na Procuradoria-geral da República (PGR) devido ao risco de mais conflitos. Na prática,  a segurança pública da capital federal passa temporariamente a ser responsabilidade da União.