Corpo de jogador de futebol é encontrado esquartejado no rio Iguatemi

O corpo do jogador de futebol Hugo Vinicius Skulny Pedrosa foi encontrado no rio Iguatemi, em Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul. Segundo a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), Hugo foi esquartejado e as partes do corpo foram lançadas no rio. Os restos mortais foram encontrados no último domingo, 2, durante uma operação de força-tarefa envolvendo as polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Defron.

O jogador estava desaparecido desde o dia 25 de junho, após uma festa no munícipio vizinho de Pindoty Porã, no Paraguai. Segundo informações da polícia, Hugo foi visto pela última vez perto da casa da ex-namorada, local que os amigos o deixaram. A roupa que ele usava era uma camisa azul e calça jeans. O desaparecimento foi registrado no dia 26 de junho por Eliana Skulny, mãe da vítima.

De acordo com as informações policiais, o jogador foi reconhecido por meio de uma tatuagem. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul segue investigando o caso.

Buscas

Uma corrente de buscas pelo jogador foi lançada nas redes sociais e, durante a última semana, amigos, familiares e pessoas que se solidarizaram com a causa pediram ajuda para encontrar o jovem. Na última quinta-feira, 29, a cantora Ana Castela utilizou sua influência para compartilhar a postagem feita pela família.

A corrente constava informações como nome completo, idade, local de nascimento e traços de personalidade do jogador. “Sou brincalhão, extrovertido, não tem um lugar que eu não conheço nesta cidade. Tem duas coisas que eu amo mais que tudo, minha família e o futebol”, escreveram.

Além disso, destacaram apelidos da vítima. “Alguns me chamam de Hugo, Huguinho, falam que sou fominha, que sou mala, mas na verdade é que o futebol corre nas minhas veias”, diz a postagem.

Em seguida, a família conta o que aconteceu e detalhes sobre a última vez que o jogador foi visto. Para finalizar, a corrente apresenta um lamento como se fosse Hugo pedindo socorro.

“Se você souber o que aconteceu comigo, avise a Polícia Civil, a Polícia Militar ou algum parente meu. Faz uma denúncia anônima, seu nome será mantido em sigilo. Eu peço para você, porque onde estou, eu não tenho como avisar minha família, e estou muito preocupado com eles. (…) Eles só querem saber onde estou. Eu queria poder avisá-los porque nenhuma família podia passar por isso. Eu estou muito triste, eu choro de onde estou, eu grito, mas minha voz não sai. Você será a minha voz! Eu te imploro, serei eternamente grato!”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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