Corpo de menina desaparecida em Natal é encontrado; suspeito é preso

O corpo de Maria Fernanda da Silva Ramos, uma adolescente de 12 anos que estava desaparecida desde a última quinta-feira, 31, foi encontrado na tarde desta segunda-feira, 4, conforme confirmado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte.

Maria Fernanda desapareceu ao sair de casa em direção à escola em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. A família registrou o boletim de ocorrência na Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal na manhã da sexta-feira, 1º. A jovem morava com a família no bairro Golandim, na Rua Santa Margarida Maria.

Segundo a irmã de Maria Fernanda, Vitória Ramos, a adolescente passou a manhã em um projeto social do bairro, onde participa de aulas de reforço e atividades esportivas. Depois disso, retornou para casa, se preparou e saiu em direção à Escola Municipal Genésio Cabral, onde estuda no período da tarde. No caminho, passou novamente em frente ao projeto social, mas não chegou à escola.

Testemunhas relataram tê-la visto entrando em um carro vermelho, possivelmente uma Strada, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). No domingo, 3, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte ouviu o homem que aparecia em filmagens entregues pela família de Maria Fernanda à polícia dirigindo um carro vermelho que passou pela região onde ela desapareceu. No entanto, o diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Márcio Lemos, afirmou que os investigadores descartaram o envolvimento do homem no sumiço da adolescente.

O principal suspeito foi preso em uma operação das equipes de investigação e confessou o crime. A Polícia Civil informou que segue empenhada em esclarecer todos os detalhes do caso. “Reiteramos nosso compromisso com a segurança pública e nossa solidariedade aos familiares neste momento de profunda dor”, informaram em nota.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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