Corpo de mulher é encontrado em apartamento dois anos após a morte

O corpo de uma mulher foi encontrado em um apartamento em Londres, capital da Inglaterra, após dois anos e meio da morte dela. Toda essa situação causou revolta aos moradores do prédio. O local onde tudo ocorreu é um conjunto habitacional administrado por uma associação, entidade privada e sem fins lucrativos que fornecem moradia a pessoas em dificuldades financeiras no país.

O aluguel de Sheila Seleone parou de ser pago e a Peabody enviou cartas, e-mails e mensagens de voz. Mas no ano seguinte, ninguém a visitou para ver como estava. Isso apesar de ela sempre pagar o aluguel em dia desde que se mudara para o apartamento em 2014.

Ninguém do governo, da polícia ou da administradora sequer procurou saber se ela estava viva ou não, e o aluguel foi pago durante meses, após a Peabody ter solicitado ao governo um benefício no nome dela. O auxílio é destinado a inquilinos que têm dificuldades para pagar as contas.

De acordo com informações divulgadas pela BBC, os moradores do residencial avaliam ingressar com ação judicial contra a Peabody, após diversas reclamações sobre o descaso. Os vizinhos ainda estão tentando entender como uma pessoa morreu tão próxima deles e, por mais de dois anos, ninguém descobriu o corpo ou desconfiou sobre o paradeiro dela.

Sheila Seleone faleceu com 58 anos. Os restos mortais dela foram encontrados por policiais dentro do apartamento. Vestia calças de pijama azul e uma blusa branca, e segundo a corporação, ela não foi assassinada.

Relato de vizinhas

De acordo com uma vizinha que mora no local desde 2018, ela se lembra claramente do dia em que a polícia arrombou a porta do apartamento em frente ao dela. “Assim que a porta foi aberta, eu sabia que algo ruim havia acontecido. Era possível ver isso nos rostos dos policiais”, disse uma das vizinhas.

Já uma outra vizinha que não quis ser identificada e residia no apartamento logo abaixo do de Sheila contou que, semanas após a morte, em 2019, ela trocou as lâmpadas de casa, e, ao removê-las, as larvas caíram do teto. E a partir disso o problema piorou. 

“Havia larvas no quarto, na sala e no banheiro. E mais ou menos em todos os meus móveis”, lembra ela. “Você sentava no sofá e, depois de um tempo, encontrava uma larva esmagada”, diz ela. “Foi como viver em um filme de terror”, relatou chocada. 

A vizinha que morava na casa abaixo de Sheila procurou a associação habitacional que administra o prédio, mas foi informada que eles não lidavam com larvas.

Elas não foram as únicas a reclamarem. Outros moradores do residencial relataram que colocavam lençóis e toalhas nas portas para que o cheiro não entrasse nas casas. Era evidente para todos os vizinhos que Sheila não estava mais morando no local.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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