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Corpo de mulher é encontrado em lixeira no interior de São Paulo

Última atualização 18/01/2023 | 16:02

Um corpo de uma mulher foi encontrado em uma lixeira, na manhã desta quarta-feira, 18, no bairro Boa Vista, em São José do Rio Preto, interior do estado de São Paulo.

De acordo com a Polícia Civil do Estado de São Paulo (PC-SP), o corpo da vítima estava coberto com um lençol cor de rosa e tinha fios de telefone enrolados no pescoço. A mulher apresentava sinais de estrangulamento e agressões, porém, até o momento, não foi identificada.

Os peritos criminais foram acionados e a Polícia Militar (PM) isolou o local onde o corpo foi encontrado. Nenhum suspeito ainda foi identificado e a polícia vem apurando informações sobre o caso.

O delegado de plantão na Central de Flagrantes, Jonatha Marcondes, afirma. “Acionamos a perícia, comparecemos no local e conseguimos preliminarmente constatar que de fato é uma mulher com várias lesões na face e no corpo, como se fossem pancadas, além de um enforcamento por fios.”

O delegado ainda alega que “as investigações serão iniciadas e vamos selecionar possíveis testemunhas, imagens e vamos acompanhar a ocorrência para DEIC”.

Lei do Feminicídio

A Lei 13.104, sancionada no dia 9 de março de 2015, é conhecida como Lei do Feminicídio, o assassinato de mulheres em situação de violência doméstica e familiar ou em razão do menosprezo ou discriminação à condição delas. Mesmo promulgada, esses crimes continuam em alta. 

A coordenadora executiva da organização Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação (Cepia), Leila Linhares Barsted, declara que o crime foi intensificado pela pandemia de covid-19, quando vítimas e agressores passaram a conviver por mais tempo, bem como reflete o machismo estrutural e os altos índices de violência do país.

“O índice de violência, o incentivo às armas de fogo, esses discursos de ódio, né? Há uma misoginia e um machismo que estão cada vez mais fortes na sociedade brasileira. Ou seja, aquele machismo que se fazia um pouco mais discreto está nas páginas dos jornais, proferido por lideranças das instituições do Estado. Então é como se houvesse uma licença para que homens exercessem o machismo de uma forma mais grave contra as mulheres”, afirma. 

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