Corpo do jornalista inglês Dom Phillips será cremado neste domingo (26) 

O jornalista inglês Dom Phillips, morto após expedição no Amazonas junto com o indigenista Bruno Pereira, está sendo velado na manhã deste domingo (26). A cremação está marcada para hoje, ao meio-dia em um cemitério de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Integrantes de movimentos sociais estenderam uma faixa com a pergunta “Quem mandou matar Dom Phillips e Bruno?” no lado de fora do local. A cerimônia fúnebre do brasileiro ocorreu na sexta (24) em Pernambuco.

Em meio a comoção, homenagens e pedidos de justiça, internautas criaram a hashtag #domphillipspresente numa alusão a uma já existente que exige esclarecimentos sobre mandantes do caso de Marielle Franco, a vereadora executada no Rio de Janeiro supostamente por denunciar abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes da cidade.

Os restos mortais da dupla foram entregues às famílias nesta quinta (23) pela Polícia Federal após perícia que identificou os corpos. Eles foram encontrados após dez dias de buscas.  Os irmãos suspeitos do crime confessaram o assassinato, mas os investigadores apuram a participação de outras pessoas. 

Conhecido pela defesa da causa indígena, Bruno, que era servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), o envolvimento dele no combate à pesca ilegal, especialmente de pirarucu, seria a motivação do crime. A venda do peixe, encontrado na região da Amazônia, pode chegar a custar R$ 100 o quilo. 

 

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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