Corpo do mestre de obras que estava desaparecido é encontrado em cisterna

O corpo do mestre de obras desaparecido desde o último dia 11 foi encontrado dentro de uma cisterna, no bairro Parque Estrela Dalva X, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Roberto Caetano, de 53 anos, saiu de casa para trabalhar e não voltou mais. A vítima ficou cerca de 15 dias presa dentro do reservatório e morreu por desnutrição horas antes de ser encontrado.

O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) foi acionado para realizar a remoção do cadáver do local com uso de técnicas de salvamento terrestre e de multiplicação de força, o cadáver foi resgatado e levado ao Instituto Médico Legal de Luziânia.

De acordo com a Polícia Civil (PC), ao menos cinco suspeitos participaram do crime. Roberto foi asfixiado e em seguida jogado dentro da cisterna no dia do desaparecimento. Os agentes ainda alegaram que o motivo do crime seria uma dívida por drogas. Toda a ação foi presenciada na frente de uma adolescente.

A Polícia Técnico-Científica de Goiás indicou que a vítima morreu somente entre 12 a 24 horas do dia em que o corpo foi encontrado. O mestre de obras ficou dentro da cisterna por cerca de 15 dias e não resistiu. A causa da morte foi desnutrição e as investigações continuam para localizar os dois foragidos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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