Corpos de vítimas de naufrágio chegam em Rio Verde

Na manhã deste domingo (17), os corpos de quatro vítimas do naufrágio que ocorreu na última sexta-feira (15), no Mato Grosso do Sul, chegaram de avião na cidade de Rio Verde, em Goiás, onde serão velados e enterrados. No barco-hotel havia 21 pessoas, ao todo sete pessoas morreram, cinco eram de Rio Verde, sendo quatro da mesma família.

Corpos de vítimas de naufrágio chegam em Rio Verde
Barco naufragado no rio Paraguai (MT) / Foto: Reprodução

O ex-vereador e ex-presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Geraldo Alves de Sousa (78), seu irmão Olímpio Alves de Sousa (71), seu genro Fernando Gomes de Oliveira (49), e seu neto Thiago Souza Gomes (18), serão velados juntos na Loja Maçônica Estrela Rio-Verdense.

A quinta vítima, Fernando Rodrigues Leão, ainda não teve o corpo localizado. Nesta manhã (17), duas embarcações do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, com 11 mergulhadores, reiniciaram as buscas por Fernando.

Sobrevivente do naufrágio

O médico urologista, Geovanne Furtado Souza, filho de Geraldo Alves, foi um dos sobreviventes do naufrágio. Em entrevista ao G1, o médico contou que minutos antes do barco virar, eles estavam comemorando o aniversário do pai e a primeira pesca do sobrinho. “Deu uma chacoalhada no barco. Caiu um pirex de arroz que comemos. Dois segundos depois o barco virou igual filme. Aquela coisa de balançar”, relata ele.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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