Corredor Cowboy do interior de SP encara a 100ª São Silvestre

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Bota, fivela e asfalto: ‘Corredor Cowboy’ do interior de SP encara a 100ª São Silvestre

Aos 69 anos, Donizete Amorim, de Alfredo Marcondes (SP), participa pela segunda
vez da tradicional prova de rua em São Paulo.

‘Corredor Cowboy’ do interior de SP participa da 100ª São
Silvestre

Bota, fivela e boné: este é um traje comum para quem vai a shows sertanejos ou
trabalha na área rural. Mas, para o Donizete Amorim, de 69 anos, este é o traje
ideal para participar da São Silvestre, a prova de rua mais famosa do Brasil e
uma das mais tradicionais do mundo.

Morador de Alfredo Marcondes (SP), está é a segunda vez que Seu Donizete participa da corrida.

Em entrevista ao DE, o atleta explica que sempre gostou de exercícios físicos e
que há oito anos pratica a corrida.

“É um esporte que não tem contato com ninguém. Você pratica praticamente
dentro das suas condições físicas e vai adquirindo [saúde e entendimento do
esporte] aos poucos. Para a saúde, não tem nada melhor do que você praticar a
corrida”, explica Donizete.

Quando começou a correr, o atleta já sonhava em conquistar um espaço nas mais
badaladas ruas de São Paulo aos finais de anos.

Em 2024, Donizete conseguiu fazer o tempo de 1h14, sendo o 14° colocado em sua
faixa etária que contou com mais de 1.200 atletas. Conseguir esses números não
foi por acaso, ele precisou realizar um treino específico para se manter em
forma e para aguentar o percurso.

Neste ano, o evento está em sua 100ª edição e promete muitas conquistas
realizadas, inclusive para Donizete.

“Sempre tive um sonho de participar lá [da corrida], e participei pela
primeira vez o ano passado. Vou participar agora na segunda vez, este ano,
para trazer esta medalha de 100 anos, que sempre foi um sonho que eu tinha
desde quando eu comecei a correr”, conta.

Além da vontade de praticar exercício físico, Donizete leva consigo uma
característica tanto quanto peculiar: correr com traje ‘country’.

Segundo ele, essa caracterização começou por uma motivação pessoal, após ele ter
passado seis meses sem praticar o esporte devido a um problema no fêmur, para
evitar outros acidentes e se sentir mais seguro, começou a se vestir com bota,
fivela, calça jeans, e boné.

“É um estilo que eu sempre gostei, durante a minha vida inteira. No trabalho,
foi sempre assim. E também [quero] levar para as corridas de rua, um pouco da
representação da nossa área de pecuária, do nosso agro, desse povão que gosta
também desse estilo”, afirma Donizete.

Apesar do bom desempenho no ano anterior, Donizete mantém os pés no chão para a
edição do centenário. O foco, segundo ele, não é o relógio, mas a celebração.

“Esse ano, acho que não dá para fazer isso [repetir o tempo], mas vou tentar
fazer o melhor possível. O importante é trazer a medalha e participar da grande
festa que vai ser”.

Por fim, atualmente, Donizete não corre apenas por si. Ele sabe que o chapéu e a
fivela se tornaram um símbolo de inspiração nas ruas por onde passa.

“Fico muito agradecido das pessoas torcerem por mim. É um prazer ser incentivo
para aqueles que já participam das corridas, e talvez ainda não estão
contentes. Então, sempre passo para eles: ‘olha, continua que você vai chegar,
você vai ver que você vai melhorar muito, tanto na parte da saúde quanto na
parte física'”, finaliza Donizete.

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