Corregedoria da PM investiga por que policiais deixaram câmeras corporais desligadas em caso de morte de mototaxista

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Corregedoria da PM investiga por que policiais envolvidos na morte de um mototaxista deixaram as câmeras corporais dentro da viatura. O uso das câmeras por policiais enfrenta resistência desde o início, com o governo do estado argumentando que poderia colocar em risco a vida dos agentes. No entanto, a determinação do STF desde dezembro de 2022 tornou obrigatório o uso desses equipamentos durante as ações policiais.

Na madrugada de sexta-feira, o mototaxista Andrew Andrade do Amor Divino, de 29 anos, morreu atingido por um tiro na nuca após passar por uma barreira policial na Pavuna, Zona Norte do Rio. Os policiais envolvidos foram afastados de suas atividades operacionais e a investigação está sendo conduzida pela Delegacia de Homicídios da Capital. No entanto, as câmeras que deveriam estar acopladas às fardas dos policiais não registraram as imagens do ocorrido, o que prejudica a elucidação dos fatos.

A falta de uso das câmeras tem sido alvo de críticas, especialmente em situações como a ocorrida com Andrew Andrade. A família do mototaxista apresenta outra versão dos fatos, alegando que ele não teria ouvido a ordem dos policiais para parar o veículo, pois estava com o som alto e os vidros fechados. A viúva lamenta a perda do marido, que havia acabado de comprar uma casa para morar com a família, deixando-a e os filhos em uma situação de incerteza.

Especialistas como Daniel Hirata e José Vicente da Silva destacam a importância do uso das câmeras corporais como forma de proteção tanto para os cidadãos quanto para os policiais, garantindo o respeito aos protocolos operacionais. A resistência ao uso desses equipamentos precisa ser superada, e a punição por descumprimento das normas deve ser severa, incluindo a demissão em casos de desobediência.

A PM informa que conta com mais de 13 mil Câmeras Operacionais Portáteis distribuídas em todas as unidades da corporação e que o mau uso desses equipamentos é considerado uma transgressão disciplinar grave, sujeita a sanções administrativas. A investigação sobre a morte de Andrew Andrade continua em andamento, buscando esclarecer as circunstâncias do ocorrido e identificar possíveis responsabilidades no caso.

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