A direção dos Correios anunciou o adiamento da convocação dos 3.511 aprovados no concurso público de dezembro de 2024 para o longo de 2027. A medida integra o plano de reestruturação da estatal diante de grave crise financeira. O certame foi homologado em abril deste ano para cargos de nível médio e superior. A empresa enfrenta uma queda contínua de receitas e aumento de despesas operacionais, o que levou ao adiamento visando conter gastos enquanto soluções são procuradas para equilibrar as contas.
O plano de reestruturação dos Correios inclui ações drásticas como um novo PDV para 10 mil desligamentos e reformas em unidades operacionais. O fechamento de aproximadamente mil agências e centros logísticos também está previsto, assim como a procura por parcerias com empresas privadas para diversificação de serviços e aumento de receitas. Essas medidas têm como objetivo principal gerar novas fontes de receita para a estatal.
O concurso de 2024 foi organizado após um PDV que visava 8 mil adesões, porém apenas 3,7 mil funcionários aceitaram a saída voluntária. A contratação dos aprovados não avançou conforme planejado, o que acabou resultando no adiamento para 2027. O novo presidente da estatal, Emmanoel Rondon, assumiu a gestão em setembro e herda uma situação financeira delicada, com prejuízos crescentes e queda nas receitas.
Os Correios buscam um empréstimo de pelo menos R$ 10 bilhões para cerrar as contas de 2025, com a necessidade total de caixa chegando a R$ 20 bilhões até dezembro de 2026. As principais ações no plano de reestruturação incluem o novo PDV, fechamento de agências, parcerias com o setor privado e otimização de processos operacionais, visando equilibrar as finanças da estatal.
Milhares de candidatos aprovados aguardam informações sobre suas nomeações, com o adiamento para 2027 gerando incertezas sobre a validade do concurso. A estatal assegura que o prazo de validade será respeitado, mas critérios para as futuras convocações não foram detalhados. Mesmo diante da crise, os serviços essenciais dos Correios seguem operando normalmente, com entregas de correspondências e encomendas mantendo-se ativas.




