O prejuízo dos Correios chegou a R$ 2,6 bilhões em 2024, valor quatro vezes maior que o registrado no ano anterior, quando a estatal teve um déficit de R$ 597 milhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 9, no Diário Oficial da União. Segundo a empresa, apenas 15% das 10.638 unidades espalhadas pelo país operaram com superávit ao longo do ano passado. Apesar disso, a estatal reforça seu compromisso com a garantia do acesso universal aos serviços postais em todos os 5.567 municípios brasileiros, mesmo diante de tarifas consideradas justas.
A empresa também informou que investiu R$ 830,27 milhões em 2024 em ações vinculadas aos programas temáticos e de gestão do ciclo do Plano Plurianual. A sustentabilidade, segundo o documento, continuará a ser um dos focos centrais da operação dos Correios.
Ainda conforme o balanço, houve uma leve queda de 0,89% na receita total da estatal, que passou de R$ 21,67 bilhões em 2023 para R$ 21,47 bilhões em 2024. A receita proveniente de vendas e serviços sofreu uma retração de 1,74%, impactada principalmente pelas mudanças na regulação de produtos importados.
Entre essas mudanças está a chamada “taxa das blusinhas”, que entrou em vigor em julho de 2023. A medida passou a cobrar 20% de Imposto de Importação sobre compras internacionais acima de US$ 50, além do ICMS estadual de 17%. Com isso, o volume de compras internacionais feitas por brasileiros caiu 11% em 2024, conforme dados da Receita Federal.