Corte Interamericana condena Brasil por desaparecimento de jovens em 1990: famílias pedem justiça

Decisão internacional condena Estado brasileiro por jovens desaparecidos em 1990

A Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Estado pelo desaparecimento de jovens na Favela de Acari, no RJ. O crime ocorreu em 1990. A decisão foi proferida pela presidente do órgão na Costa Rica, em 4 de dezembro.

Na ocasião do desaparecimento, os jovens, sendo 7 deles menores, informaram aos pais que passariam o fim de semana em um sítio, porém não retornaram para casa. No dia do desaparecimento, seis homens armados e encapuzados entraram na residência e levaram os garotos em dois veículos. Até hoje, os corpos dos jovens nunca foram localizados.

A principal suspeita é de que tenham sido assassinados por um grupo de extermínio que atuava na Baixada Fluminense nos anos 90, os chamados Cavalos Corredores, compostos por policiais militares ligados ao alto escalão do Batalhão de Rocha Miranda, na zona norte do Rio.

Os familiares dos jovens desaparecidos fundaram o Movimento Mães de Acari, que lutou para que o crime não fosse esquecido, mesmo sem ter sido solucionado. Após mais de 30 anos de espera, a sentença determinou que o Estado brasileiro emita as certidões de óbito das 11 vítimas, construa um memorial em homenagem às vítimas na região de Acari em até 2 anos e indenize as famílias pelos danos causados.

Além disso, a decisão estipula que o Estado adote medidas administrativas e legislativas para tipificar o crime de desaparecimento forçado e reforce a capacidade investigativa contra grupos criminosos vinculados a agentes estatais, incluindo milícias. Na próxima semana, familiares e representantes da OAB-RJ vão a Brasília entregar formalmente a decisão ao Ministério dos Direitos Humanos.

A determinação da Corte Interamericana vai além deste caso específico, exigindo mudanças na maneira como o país investiga e pune crimes como este.É crucial que a justiça seja feita e que casos de desaparecimento forçado sejam esclarecidos e devidamente punidos, garantindo assim a proteção dos direitos humanos e a segurança de todos os cidadãos.

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Mezanino na Torre de TV: 3 anos de sucesso e planos de expansão para 2025

Mezanino celebra 3 anos na Torre de TV e planeja expansão para 2025

O projeto, que transformou a Torre de TV, atraiu mais de 350 mil visitantes e se consolidou como um polo cultural e gastronômico na capital.

Em novembro de 2021, a Torre de TV de Brasília passou a abrigar o Mezanino, um projeto de revitalização urbana que se tornou ponto de encontro para quem busca a combinação de gastronomia, arte e cultura na capital. Três anos depois de sua inauguração, o local já recebeu mais de 350 mil visitantes.

A ideia de revitalizar o Mezanino, antes fechado há mais de 10 anos, nasceu da visão dos empreendedores Rafael Godoy e João Maione, que viram no espaço uma grande oportunidade de transformar um dos pontos turísticos de Brasília em algo para além de um simples local de visitação.

Em entrevista ao DE, Rafael Godoy, sócio-diretor do Mezanino, compartilhou os desafios e conquistas acumulados ao longo dos três anos do projeto. “O principal sucesso foi conseguir transformar a Torre de TV em mais que um ponto turístico. Queríamos que o espaço fosse um lugar vivo, que trouxesse arte, cultura e gastronomia para o centro da cidade, o que não existia antes”, diz ele.

O espaço passou por uma reforma completa, com atualizações nos sistemas elétrico, hidráulico, de combate a incêndio e climatização, além de ganhar uma nova ambientação arquitetônica, assinada pelo renomado arquiteto Bruno Porto. A ideia foi criar um ambiente moderno, acolhedor e seguro, preservando a essência histórica do local.

“Fizemos todo esse investimento para que o cliente se sentisse seguro, confortável e, acima de tudo, inspirado em visitar o Mezanino. Queríamos criar uma experiência única para todos que passassem por aqui”, explica.

Desde a sua inauguração, o Mezanino se tornou referência na cena gastronômica DE, combinando inovação culinária e cultura. Sob o comando do chef Alexandre Arroucha, o cardápio se destaca pela fusão de sabores do Cerrado com a culinária mediterrânea. “A gastronomia do Mezanino é uma verdadeira homenagem aos sabores locais. Queríamos algo que fosse, ao mesmo tempo, inovador e que trouxesse o melhor da nossa cultura”, explica Godoy.

Outro grande atrativo do espaço é a premiada carta de drinques, assinada pelo mixologista Nitay Pontes. A combinação de sabores sofisticados e apresentações impecáveis reforça a experiência única oferecida pelo Mezanino.

A arte também desempenha um papel central no conceito do projeto. Exposições e mostras de artistas renomados, como Gabriel Wickbold e Sérgio Coimbra, se somam a shows de talentos locais, nacionais e internacionais, atraindo um público diverso. “A arte no Mezanino é uma extensão da nossa proposta de transformação do espaço. Queremos que as pessoas venham não só para comer, mas para viver uma experiência completa, que envolva todos os sentidos”, afirma.

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