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Covaxin: Ministério Público abre investigação criminal contra Bolsonaro

Última atualização 01/07/2021 | 14:55

A Procuradoria da República no Distrito Federal decidiu, nesta quarta-feira (30), abrir o procedimento investigatório criminal para investigar as irregularidades da compra da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19. As negociações envolvendo a aquisição da Covaxin são alvos do Ministério Público e da CPI da Covid. O imunizante é o mais caro negociado pelo governo federal até agora, e o contrato foi suspenso nesta terça (29).

O contrato foi que firmado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, empresa responsável pela ponte entre o governo federal e o laboratório que produz a vacina na Índia. A empresa é a única intermediária que não possui vínculo com a indústria de vacinas. A investigação preliminar será conduzida pela procuradora Luciana Loureiro que pegou o inquérito formal nesta segunda-feira, 30. Ao mandar o caso para a esfera criminal, na semana passada, ela pontou “indícios de crime” e “interesses divorciados do interesse público”.

A Polícia Federal que também abriu uma frente de investigação, a pedido do Ministério da Justiça, para apura se realmente houve irregularidade nas tratativas para aquisição do imunizante do laboratório indiano Bharat Biotech. As suspeitas de corrupção no negócio foram apontadas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde que relatou ter sofrido pressão “atípica e excessiva” para liberar a compra das doses da Covaxin.

Os irmãos que deporam na CPI, na semana passada, disseram que comunicaram o Presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) sobre as irregularidades no contrato, porém o presidente que se comprometeu acionar a Policial federal não fez nada diante o aviso. Os irmãos também apontaram inconsistências em nota fiscal internacional enviada pela empresa de intermediou a importação da vacina e pediu pagamento adiantado, mas o que de fato levantou suspeitas nos senadores foi o fato de que o contrato das vacinas foi o único firmado por meio de uma empresa intermediária.