Última atualização 04/06/2023 | 13:01
Um coveiro goiano que atualmente reside na França está viralizando nas redes sociais ao compartilhar o dia a dia através do TikTok. Conhecido como ‘O Senhor das Covas’, Júnior desmistifica o trabalho no cemitério e os procedimentos de rotina, mostrando desde a simples manutenção de túmulos até exumações completas.
Sempre usando humor a descontração, Júnior conquistou uma grande base de seguidores nas redes sociais. Ele possui aproximadamente 170 mil seguidores no Instagram e mais de 1,1 milhão no TikTok. Os vídeos divertidos mostram o cotidiano no cemitério, algo que para muitos é considerado assustador, mas para ele é apenas parte da rotina.
Em uma das postagens, Júnior compartilha com os seguidores o que ele descreve como “uma das exumações mais desafiadoras” que já realizou. O vídeo mostra todo o processo, desde a abertura do túmulo até o momento em que ele recolhe os restos mortais da pessoa que estava enterrada lá desde 2000.
Júnior descreveu detalhadamente o processo, afirmando: “Havia pele grudada, gordura, órgãos, intestino, eu até sei o que o falecido comeu em sua última refeição”. Durante todo o procedimento, ele contou com a presença e o apoio da família do falecido. O objetivo principal era realizar a redução de covas, removendo os ossos do indivíduo falecido.
Diferenças e semelhanças entre Brasil e França
Além do assunto incomum e do senso de humor que o coveiro utiliza para abordá-lo, outro aspecto que desperta o interesse de centenas de milhares de seguidores são as diferenças e semelhanças entre os procedimentos funerários do Brasil e da França.
Um exemplo disso é um vídeo em que o goiano discute as cremações de corpos em Paris. Enquanto visita o famoso cemitério Père-Lachaise, onde estão sepultadas personalidades como o cantor Jim Morrison, o escritor Allan Kardec e o pianista Frédéric Chopin, Júnior compartilha que houve um aumento significativo nesse procedimento na França nos últimos anos, representando quase metade de todos os funerais realizados.
No entanto, Júnior destaca que existem regulamentações estritas após a cremação do corpo, especialmente em Paris. Ele explica que desde 2008 está em vigor uma lei que proíbe as pessoas de guardarem as cinzas dos falecidos em casa. Em vez disso, há locais designados onde é permitido descartá-las, como jardins dentro dos cemitérios e até mesmo túmulos específicos para urnas.
Júnior, de forma descontraída, gosta de brincar e interagir com os internautas. Em um vídeo, ele comenta que 60% das pessoas reagem com um “Credo” quando descobrem que ele é coveiro, enquanto as outras 40% permanecem em silêncio, provavelmente considerando-se “clientes em potencial”. Porém, ele ressalta a importância de discutir abertamente sobre a morte.
“Precisamos falar do fim, porque isso dá um up na vida, tipo ‘Cara o que to fazendo da minha vida?’ […]. O que você está fazendo hoje? Você saiu, olhou pro céu, trocou uma ideia de boa? Você viveu?”, reflete.
Assista ao vídeo:
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