Covid-19: Jovem morre após parto de emergência em Catalão 

Na manhã desta quinta-feira, Lennara Randrielly Costa Araújo, de 23 anos, morreu em decorrência da Covid-19 em Catalão. A mulher estava grávida e precisou fazer um parto de emergência no último sábado, 20, quando nasceu Ágatha Sofia. Além da recém-nascida, Lenora deixa outra filha de 4 anos.

De acordo com o noivo de Lennara, Vitor Silva Pinheiro, ela estava grávida de oito meses. Ele contou que ela não chegou a ver a filha recém-nascida e nem saber que a mãe dela também havia morrido em decorrência da Covid-19 na terça-feira, 23. Segundo Pinheiro, a companheira ficou 12 dias internada.

“Ela era saudável, só quando teve covid-19 que complicou”, informou o noivo. “A médica disse que ela teve uma parada cardíaca ontem à noite, e hoje de manhã ela não resistiu.” 

Vitor contou que o Lennara apresentou os sintomas da doença após quatro dias a mãe, que saiu de Teresinha (PI)para visitar o casal, foi embora. Ela apresentou sintomas de falta de ar e dias depois precisou ir ao hospital. 

Vitor também fez o teste de Covid-19, mas informou que o dele deu negativo. 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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