Covid-19: O que se sabe sobre a nova variante africana

O 1 milhão de casos foi atingido no último sábado(22) e reúne dados desde o início da pandemia, segundo a SES.

Para essa sexta-feira (26), a expectativa é que a Organização Mundial da Saúde (OMS) batize com um codinome grego uma nova variante do coronavírus, registrada pela primeira vez na África do Sul. A variante já é considerada aquela com maior número de mutações.

Ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou perigosa é a variante B.1.1.539, já que ela é restrita a uma província sul-africana. Mas, um pesquisador já a classifica como ”horrível”, enquanto outro diz que é a pior já vista.

Em entrevista coletiva, o professor Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Respostas Epidêmica e Inovação, na África do Sul, disse que foram localizadas 50 mutações no total – e mais de 30 proteínas spike (a ”chave pela qual o vírus entra nas células e que é alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”. disse Tulio.

Até o momento foram confirmados 77 casos na Província de Gauteng, na África do Sul; 4 casos em Botsuana; 1 em Hong Kong (uma pessoa que voltou de uma viagem à África do Sul) e 1 em Israel (uma pessoa que voltou de Malalui).

A variante traz uma preocupação em particular no quesito imunização. Isto porque, as vacinas foram desenvolvidas mirando na cepa original do coronavírus, registrada inicialmente em Wuhan, na China. Isso significa que as vacinas não podem funcionar muito bem em casos da variante B.1.1.529.

Preocupações com mutações

Em relação à parte do vírus que faz o primeiro contato com as células do nosso corpo, essa variante tem dez mutações, em comparação com apenas duas da variante Delta, que se espalhou pelo mundo. O importante das mutações é saber o que elas provocam.

“Nos preocupa que esse vírus possa ter maior capacidade de se espalhar de pessoa para pessoa — mas também que seja capaz de contornar peças do sistema imunológico.” disse o professor Richard Lessells, da Universidade de KwaZulu-Natal na África do Sul.

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Papa Francisco revela tentativas de atentado no Iraque

Papa Francisco Revela Tentativas de Atentado no Iraque

O Papa Francisco compartilhou detalhes sobre duas tentativas de atentado que sofreu durante sua histórica visita ao Iraque em março de 2021. Essa foi a primeira vez que um pontífice visitou o país. As revelações foram feitas em sua nova autobiografia, intitulada “Hope” (Esperança), e divulgadas pelo jornal italiano Corriere della Sera.

Planos de ataque descobertos

Ao chegar em Bagdá, o Papa foi alertado pelas autoridades locais sobre dois planos de ataque em andamento. Um dos planos envolvia uma mulher kamikaze equipada com explosivos, enquanto o outro consistia em uma van destinada a realizar um ataque semelhante. O Papa Francisco revelou que a tentativa de atentado foi descoberta pela inteligência britânica, que alertou o Vaticano.

Durante a conversa com um comandante de segurança, Francisco questionou sobre a situação dos suspeitos envolvidos nos planos de ataque. O oficial respondeu laconicamente: “Eles não existem mais”, indicando que as ameaças haviam sido neutralizadas pela polícia iraquiana antes que pudessem ser concretizadas.

Um dos momentos mais significativos da visita do Papa foi sua passagem por Mosul, uma cidade que enfrentou devastação extrema durante o domínio do Estado Islâmico entre 2014 e 2017. A segurança durante a visita foi rigorosa, com a mobilização de cerca de 10 mil agentes iraquianos para garantir a proteção do pontífice.

Decisão de viajar ao Iraque

Francisco, que completou 88 anos recentemente, escreveu que “quase todos me desaconselharam” a viajar ao Iraque, “mas senti que tinha que fazer isso”. A visita ocorreu em meio à pandemia da Covid-19 e foi marcada por um intenso aparato de segurança. O Papa argentino cruzou o país, visitando Bagdá e Mosul, antigo bastião do grupo “Estado Islâmico” (EI).

Na ocasião, Francisco visitou as ruínas de igrejas de diferentes denominações cristãs destruídas durante o reinado de terror do EI e fez um apelo pela paz. Ele exortou a comunidade cristã do país, que vem sofrendo há décadas um declínio acelerado, a perdoar as injustiças cometidas contra eles pelos extremistas.

A autobiografia “Esperança” foi escrita em colaboração com o editor italiano Carlo Musso ao longo de seis anos e será lançada simultaneamente em 14 de janeiro de 2025 em 80 países.

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