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Covid-19: Risco de reinfecção é três vezes maior com variante Ômicron, informa estudo

Última atualização 05/12/2021 | 08:43

Há uma semana, a nova variante de Covid-19 recebeu o nome de Ômicron. Desde então, a Ciência busca entender os reais riscos dela. A África do Sul alertou que a Ômicron vem causando aumento de casos no país. Nesta sexta-feira (3), cientistas do país divulgaram um estudo apontando que ela aumenta em até três vezes as chances de alguém que já teve Covid-19 desenvolver a doença novamente. A pesquisa ainda é inicial. No Brasil, cinco casos foram confirmados. Três em São Paulo e dois no Distrito Federal.

Os pesquisadores analisaram cerca de 36 mil casos suspeitos de reinfecção na África do Sul. No entanto, a equipe não fez mapeamento genético em todos os pacientes – processo em que se faz um “raio-x” do vírus, para saber de que variante se trata. Além disso, a pesquisa não foi formalmente revisada por outros cientistas – a chamada revisão por pares.

No entanto, mesmo preliminar, o estudo é um alerta. Isto porque,de acordo com a equipe, os dados coletados sugerem que a Ômicron pode ter duas ou até três vezes mais chances de causar uma reinfecção, quando comparada às variantes anteriores.

Outra pesquisa

Na quinta-feira, outro estudo, este do Instituto Nacional de Doenças Comunicáveis da África do Sul, também apontou que a ômicron tem probabilidade maior de causar reinfecções. No entanto, esses casos aparentam ser de sintomas leves.

Vacina

Apenas 24% das pessoas estão vacinadas na África do Sul. Segundo os cientistas do estudo publicado na quinta-feira, as vacinas certamente ainda protegerão contra quadros mais graves da doença, na África do Sul. Mesmo diante da Ômicron.

Além disso, cientistas da pesquisa divulgada sexta-feira disseram que não é possível avaliar se a Ômicron também consegue driblar a imunidade concedida pela vacina. Isto porque a equipe não tinha dados para fazer essa avaliação. Além disso, disseram que é pouco provável que a nova variante supere em 100% a imunidade vacinal.