Covid-19: vacina americana entra em última fase de testes

BRUSSELS, BELGIUM - JUNE 18 : In this illustration a doctor holds a syringe and a bottle labelled as the Covid-19 coronavirus vaccine. At least 8,000,202 cases of infection, including 435,176 deaths, were recorded in total, particularly in Europe, the continent most affected with 2,417,902 cases (188,085 deaths) and in the United States, which has the highest number of cases (2,110,182) and deaths (116,081). There are about a hundred projects for vaccines against Covid-19, of which about ten are in the clinical trial phase. Pictured on June 18, 2020 in Brussels, Belgium, 18/06/2020 ( Photo by Vincent Kalut / Photonews via Getty Images)

Nesta segunda-feira, dia 27, a empresa de fármacos americana “Moderna” mostrou estar à frente do resto do mundo quando se trata do avanço de estudos para conter o novo Coronavírus. Desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, uma possível vacina de imunização contra o Covid entrou oficialmente em sua última fase de testes.

A vacina, que foi chamada de “mRNA-1273”, será testada em 89 centros de pesquisa clínica do país. Os centros escolhidos para a testagem serão aquelas regiões que apresentam maior disseminação da doença.

Os participantes, divididos em dois grupos, receberão duas doses da vacina, aplicados com intervalo de 28 dias, e o outro receberá duas doses de um placebo (sem o medicamento) na mesma data. Mas nem os cientistas e nem os participantes saberão qual grupo estará recebendo a vacina verdadeira, e quem estará recebendo o medicamento placebo. Assim, será possível distinguir se a nova descoberta realmente tem efeitos positivos no combate ao vírus, se prefine infecção ou ainda é capaz de reduzir os sintomas graves.

A Moderna produziu o imunizante num tempo recorde de 63 dias, sendo a primeira a começar os testes em humanos. A empresa apostou numa lógica nova: na base de RNA mensageiro, que em vez de carregar pedaços do vírus, como as vacinas tradicionais, usa pedaços do material genético do coronavírus para estimular o organismo a produzir anticorpos.

A primeira dose já foi aplicada em uma paciente em Savannah, no estado da Georgia. O mundo aguarda ansioso e atento. E torce.

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