Covid-19: Vacinação infantil passa a ser obrigatória no Brasil, entenda

O Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União ( CNPG) aprovou nesta quarta-feira (26/1) a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos em todos o território brasileiro.

A nota foi aprovada com base no artigo 14, parágrafo 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o texto, a vacinação é um direito das crianças e um dever dos pais.

Segundo a advogada Lana Castelões, o ECA entende que “ quando os pais deixam de vacinar seus filhos, eles estão deixando de dar acesso a esse filho ao direito de saúde e direito à vida, garantidos pela constituição federal. ”

O texto também estabelece que as escolas públicas ou privadas devem exigir, no ato de matrícula e rematrícula e para a frequência do estudante em sala de aula, a carteira de vacinação completa, incluindo-se a vacina contra a Covid-19. Entretanto, o descumprimento desse dever não pode, em nenhuma hipótese, significar a negativa da matrícula ou a proibição de frequência à escola, em razão do caráter fundamental do direito à educação. Em tais situações, deve ensejar a notificação aos órgãos competentes, em especial ao Conselho Tutelar, para as devidas providências.

Posso perder a guarda do meu filho?

A não vacinação infantil pode levar a consequências jurídicas, entre elas, a suspensão da guarda.

“ É uma hipótese que só vai acontecer em caso extremo. Pode acontecer? Pode, mas só mediante decisão judicial. Porque o juiz primeiro vai dar a oportunidade de os pais justificarem o porquê não querem vacinar. Aí os pais vão lá e justificam se os filhos tem alguma comorbidade, doença autoimune, o pediatra não autorizou. Isso será analisado. Depois de ser verificado que a criança não tem nada que possa impedir a vacinação e os pais insistirem em não vacinar. Aí pode acontecer uma suspensão provisória da guarda”, explicou Lana.

O procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, afirma que a nota técnica será encaminhada para a Área de Atuação da Infância, Juventude e Educação e para a Área de Atuação da Saúde para embasar a orientação institucional.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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