Última atualização 25/11/2022 | 16:10
A goiana Ludhmila Hajjar acredita que o cenário epidemiológico para covid no Brasil é preocupante. A goiana integrante do gabinete de transição no eixo saúde considera a alavancada de novos casos preocupante, especialmente para a nova gestão Lula. Um dos grandes entraves para o controle da doença é o baixo índice de vacinação da população.
“Entramos o ano de 2022 conseguindo controlar a doença e quando nós flexibilizamos as medidas higiênico-sanitárias, quando nós infelizmente vimos a adesão vacinal cair, as doses de reforço não sendo realizadas, surgem novas subvariantes e a doença passa a se transformar mais uma vez para o brasileiro agora no final do ano”, afirmou em entrevista à CNN Brasil.
Segundo ela, a nova subvariante da Ômicron em circulação em todo o País torna a situação ainda mais desafiadora. O boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado nesta semana aponta crescimento de pessoas com covid em todas as regiões, inclusive em Goiânia e nos demais municípios goianos. Os mais afetados estão entre a população adulta e acima de 60 anos.
Ludhmila defende a atualização de vacinas disponíveis na rede pública de saúde e campanhas de conscientização sobre a importância de as pessoas atualizarem ou iniciarem a imunização não apenas contra a covid. Hajjar acredita que a pandemia acirrou um problema de longa data do Sistema Único de Saúde (SUS): a crise de gestão. O desafio é fazer sus funcionar para todos os brasileiros dentro dos princípios assegurados pela constituição. Ela prometeu revitalizá-lo explicando a atual situação.
“Queda progressiva dos investimentos financeiros em 20% a 30% nos últimos anos a cada ano e deve ser investido menos em 2023, se não mudar essa lógica. Também baixo investimento per capita, necessidade de modernização porque a população cresceu, a expectativa de vida aumentou e mudou o gráfico de doenças que mais matam: antes eram infecciosas e acidentes, mas agora são doenças crônicas, cardiovasculares e câncer”, destacou.
Além de Ludmila, que é professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o eixo saúde do gabinete de transição conta com os renomados médicos Miguel Srougi e Roberto Kalil. O grupo já afirmou em entrevista à imprensa que se baseia em dados científicos para discutir as pautas.