Covidão: PF investiga superfaturamento de licitações em Crixás

Na manhã desta quinta-feira, 3, a Polícia Federal deflagrou a Operação Aventura, que investiga irregularidades na prestação de serviços de saúde na cidade de Crixás, no noroeste de Goiás.

Empresas de cidades como Rubiataba, Aparecida de Goiânia e Goiânia, além de Crixás, podem ter praticado sobrepreço de 100% até 300% em materiais voltados para o combate à Covid-19. A PF afirma que Crixás recebeu R$ 4 milhões em verba para combater a nova doença, mas que os valores podem não ter cumprido a finalidade.

A suspeita surgiu a partir do fato de que os valores dos aparelhos, controlados pelas empresas dos municípios citados, ficaram acima da média nacional. Cerca de 15 mandatos de busca e apreensão tomaram lugar hoje nestas cidades goianas para a coleta de indícios e possíveis provas.

São investigados os crimes de fraude em licitação, dispensa indevida de licitações em procedimento administrativo, desvio indevido de recursos públicos, associação criminosa e corrupção ativa e passiva.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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