CPI Da Covid: AGU prepara habeas corpus para silenciar Pazuello

CPI Da Covid: AGU prepara habeas corpus para silenciar Pazuello

A Advocacia-Geral da União (AGU) prepara um habeas corpus para que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, responda apenas as perguntas que quiser durante o depoimento na CPI da Covid que deve acontecer no dia 19. O aval foi dado pelo presidente Jair Bolsonaro.

O texto está sendo escrito e deverá ser submetido ao advogado-geral da União, André Mendonça, nesta quarta-feira (12) para análise e a decisão final. A expectativa é de que seja protocolado no STF (Supremo Tribunal Federal) até sexta-feira (14).

Mendonça reuniu com o presidente, que concordou com a operação, mas orientou a verificação se Pazuello concordava. Até semana passada, o general resistia à ideia, mas também avalizou o recurso.

De acordo com o Planalto, ao proteger Pazuello na CPI, Bolsonaro também está se protegendo. A AGU vinha resistindo aos recursos, mas, durante a evolução da CPI, a leitura é a que a ida do ex-ministro será inofensiva já que a CPI teria condenado o governo e, principalmente, a gestão de Pazuello.

O ex-ministro foi chamado como testemunha, o que lhe faz a obrigação de falar. Mas há decisões no STF que considera a possibilidade de que a convocação como testemunha seja um pretexto que obriga a pessoa investigada a depor. Essa deverá ser a tese principal apresentada.

 

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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