CPI da Covid: Depoimento de Fábio Wajngarten é marcado por discussões

CPI da Covid: Depoimento de Fábio Wajngarten é marcado por discussões

Durante o discurso na CPI da Covid, Fábio Wajngarten, irritou o presidente da CPI, Omar Aziz e o relator Renan Calheiros após ser questionado sobre frases ditas pelo presidente Jair Bolsonaro contra a vacinas. Wajngarten teria respondido ”Pergunte para ele” e logo após dito que o presidente Jair Bolsonaro ”não teria medito esforços para conseguir a compra das vacinas”.

O relator, Renan Calheiros, teria perguntado se as declarações de Bolsonaro contrárias a vacinas causavam impacto na população. Wajngarten evitou responder apenas ”sim” ou ”não” fugindo das questões a qual o relator teve que repetir a questão diversas vezes.

O principal objetivo dos senadores é que o empresário explique a declaração dada à revista ”Veja” na qual disse que a “incompetência” do Ministério da Saúde causou atraso na compra de vacinas contra a Covid-19.

“Você não pode dizer ‘pergunte a ele’. Você está aqui como testemunha. Sim ou não?”, disse o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) levemente irritado.

Após minutos de discussão, a CPI foi orientada a dar uma pausa de cinco minutos.

Fabio também foi questionado sobre ataque a jornalista, especialmente jornalistas mulheres. De acordo com o empresário, em nenhum momento os ataques não teriam sido uma estratégia de comunicação e que, em nenhum momento, o presidente Jair Bolsonaro teria atacado jornalistas como forma de se promover. Wajngarten teria dito que o presidente sempre defendeu a liberdade de expressão.

Fabio Wajngarten deixou a Secretaria de Comunicação do governo em março, após ficar no cargo durante quase dois anos.

Durante a pausa, a deputada bolsonarista Carla Zamelli teria entrado no senado e ameaçado o relator Renan Calheiros sobre as perguntas que poderiam prejudicar Bolsonaro.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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