CPI da Covid: Ernesto não disse a Bolsonaro sobre a carta da Pfizer

Nesta terça-feira, 18, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo disse à CPI da Covid que não relatou ao presidente Jair Bolsonaro sobre a carta da Pfizer sobre compra de vacinas porque presumiu que ele já sabia sobre o documento. 

O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), questionou o ex-ministro sobre uma carta que teria chegado a ele através da embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

“Em 15 de setembro, a Embaixada brasileira em Washington enviou um comunicado relatando o teor de uma carta emitida pela Pfizer, frisando a necessidade de celeridade e urgência do assunto, que seria a aquisição das vacinas da Pfizer, carta essa que já está de posse da Comissão Parlamentar de Inquérito. Eu lhe pergunto: o senhor comunicou o Presidente da República tão logo recebeu esse comunicado da Embaixada brasileira em Washington?”

Ernesto afirmou então que não comunicou ao Planalto porque recebeu apenas uma cópia da carta e que entre os destinatários, já estava o presidente Jair Bolsonaro.

“Não [comuniquei], porque a carta deixava claro que já tinha seguido para o Presidente da República…Porque presumia que o Presidente da República já soubesse”, disse.

Em seu depoimento à CPI na última semana, o ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, contou que o governo federal não respondeu a uma carta enviada pela farmacêutica Pfizer que consultava a intenção do Ministério da Saúde em comprar vacinas contra a covid-19.

“A carta foi enviada dia 12 de setembro. O dono de um veículo de comunicação me avisa em 9 de novembro que a carta não foi respondida. Nesse momento, envio um e-mail ao presidente da Pfizer. 15 minutos depois, o presidente da Pfizer no Brasil – eu liguei para Nova York -, me responde. Ele me diz: ‘Fabio, obrigado pelo seu contato’”, afirmou.

Sérgio Lima/Poder360

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Parlamentares de Taiwan protagonizam briga e fazem barricada durante sessão

Na sexta-feira, 20, uma discussão acirrada entre parlamentares de Taiwan tomou conta do parlamento. O principal partido de oposição, o Kuomintang (KMT), e seus aliados pressionaram por novos projetos de lei, incluindo propostas para aumentar o controle sobre a divulgação de informações orçamentárias de autoridades eleitas e mudanças no tribunal constitucional.

A situação ficou tensa quando legisladores do KMT tentaram bloquear a entrada do parlamento com cadeiras, enquanto os membros do Partido Progressista Democrático (DPP) tentavam acessar a Câmara. A troca de acusações e a confusão aumentaram, e objetos foram jogados no plenário.

O DPP argumentou que as mudanças no tribunal constitucional poderiam comprometer a integridade da Constituição de Taiwan, dificultando a capacidade dos juízes de contestar a legislação.

Do lado de fora do parlamento, milhares de manifestantes, contrários às propostas da oposição, se reuniram, preocupados com os impactos na democracia do país.

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