CPI da Covid: Recomendação de cloroquina sai as vésperas da instalação

Um dia antes da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid (CPI da Covid) no Senado, o Ministério da Saúde teria apagado o documento no portal que indicava o uso do cloroquina em casos leves, moderados e graves nos casos de Covid-19. O documento foi mantido entre 20 de maio de 2020 a 22 de abril de 2021 mesmo sem comprovação científica e pedido formal do Conselho Nacional de Saúde.

O sumiço aconteceu depois de uma reunião na Casa Civil da Presidência e de uma lista de 23 questões sobre o enfrentamento da pandemia que os ministérios deveriam responder. Um dos itens da lista era sobre ”o governo promoveu tratamento precoce sem evidências científicas comprovadas”, como foi revelado pelo jornalista Rubens Valente, colunista do UOL. A lista havia sido encaminhada ao Ministério da Saúde no dia 21 e, no dia seguinte, já não era mais possível ver a nota informativa no site do ministério.

O documento era chamado de “Orientações do Ministério da Saúde para o manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19” e ampliava as orientações de prescrição de difosfato de cloroquina e de sulfato de hidroxicloroquina para pacientes grávidas. A nota continha 40 páginas e afirmava leva em consideração ”a larga experiência” do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento de outras doenças infecciosas e de doenças crônicas do SUS e a “inexistência, até o momento, de outro tratamento eficaz disponível para a Covid-19”. A administração da cloroquina deveria ser combinada com a do antibiótico azitromicina desde a apresentação de sintomas leves pelos pacientes, segundo recomendações do documento.

As notas foram editadas entre a demissão do ministro Nelson Teich, no dia 15 de maio, e a posse do general Pazuello. Antes mesmo da edição, o Ministério da Defesa já havia comprado 600 kg de pó de cloroquina.

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Hackers atacam site do governo argentino e divulgam ofensas a Javier Milei

O site oficial do governo da Argentina foi alvo de um ataque cibernético na noite desta quarta-feira, 25. Durante a invasão, os hackers publicaram ofensas direcionadas ao presidente Javier Milei, além de conteúdos antissemitas.

De acordo com o jornal La Nación, o portal “Mi Argentina” ficou fora do ar por mais de uma hora, impossibilitando o acesso aos serviços disponíveis. A Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do país informou que o ataque ocorreu por volta das 21h30.

Entre as ações dos invasores, foram divulgadas músicas com insultos ao presidente, alterações em cabeçalhos e rodapés do site e uma série de stories na conta oficial do governo argentino no Instagram.

Em nota publicada na rede social X, a Secretaria de Inovação afirmou que o episódio reflete a precariedade dos sistemas herdados de administrações anteriores. O órgão também criticou a oposição por não apoiar investimentos em cibersegurança, previstos no decreto de necessidades e urgência proposto por Milei.

A Secretaria declarou ainda que o problema foi resolvido e os sistemas foram restabelecidos.

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