Nesta terça-feira, 25, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, depõe à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
Conhecida como “Capitã Cloroquina”, a pediatra cearense, aliada ao presidente Jair Bolsonaro, promove o “tratamento precoce” — um coquetel de medicamentos sem eficácia comprovada contra covid-19 que inclui substâncias como cloroquina, azitromicina e invermectina.
A secretária também obteve um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que permite que ela fique calada sobre sua atuação na liderança de uma comitiva do Ministério da Saúde ao Amazonas no início do ano, quando o Estado sofreu um colapso do sistema de saúde. Isso porque Pinheiro também é alvo de uma ação de improbidade administrativa que investiga a omissão de autoridades diante do colapso do sistema de saúde do Amazonas.
O habeas corpus foi concedido em razão da Constituição garantir o direito ao investigado de não produzir prova contra si mesmo.
A ação de improbidade administrativa objetiva verificar se autoridades “omitiram-se no cumprimento de seus deveres, ao retardar o início das ações do Ministério da Saúde no estado, ao não supervisionar o controle da demanda e do fornecimento de oxigênio medicinal nas unidades hospitalares do Amazonas, ao não prestar ao Estado a necessária cooperação técnica quanto ao controle de insumos, ao retardar a determinação da transferência de pacientes à espera de leitos para outros Estados, ao realizar pressão pela utilização ‘tratamento precoce’ de eficácia questionada no Amazonas e ao se omitir em apoiar o cumprimento das regras de isolamento social durante a pandemia”.
Foto: Anderson Riedel/Presidência da República