CPI da Covid: Torres confirma reunião para troca de bula da cloroquina

Durante o depoimento aos senadores da CPI da Covid, o presidente da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barras Torres, confirmou reunião feita com o presidente Jair Bolsonaro para que fosse possível a alteração da bula da cloroquina para que o medicamento fosse indicado ao tratamento do novo coronavírus. A informação foi dada durante o depoimento ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na última terça-feira (4). O medicamento é comprovado cientificamente sem eficácia para o tratamento da Covid-19.

“Esse documento foi comentado pela Dr. Nise Yamaguchi”, afirma Torres. “Quando houve uma proposta, isso me causou uma reação mais brusca. Isso não tem cabimento, isso não pode”, completa Antônio. O presidente da Anvisa informou que a reunião ocorreu no quarto andar do Palácio do Planalto e que não tem conhecimento de quem havia formulado a fórmula.

Além disto, Antônio ressaltou que a cloroquina não deve ser utilizada no tratamento contra o coronavírus “Estudos apontam a não eficácia [da cloroquina]. Até o momento as informações vão contra o uso”, reforça.

O chefe da Anvisa pontua que apenas o laboratório que fabrica o medicamento deve pedir a alteração da bula após a comprovação com estudos que o produto tem eficácia contra alguma enfermidade. Após análise, a Anvisa quem deve aprovar ou não essa modificação.

 

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Parlamentares de Taiwan protagonizam briga e fazem barricada durante sessão

Na sexta-feira, 20, uma discussão acirrada entre parlamentares de Taiwan tomou conta do parlamento. O principal partido de oposição, o Kuomintang (KMT), e seus aliados pressionaram por novos projetos de lei, incluindo propostas para aumentar o controle sobre a divulgação de informações orçamentárias de autoridades eleitas e mudanças no tribunal constitucional.

A situação ficou tensa quando legisladores do KMT tentaram bloquear a entrada do parlamento com cadeiras, enquanto os membros do Partido Progressista Democrático (DPP) tentavam acessar a Câmara. A troca de acusações e a confusão aumentaram, e objetos foram jogados no plenário.

O DPP argumentou que as mudanças no tribunal constitucional poderiam comprometer a integridade da Constituição de Taiwan, dificultando a capacidade dos juízes de contestar a legislação.

Do lado de fora do parlamento, milhares de manifestantes, contrários às propostas da oposição, se reuniram, preocupados com os impactos na democracia do país.

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