A sessão da CPI destinada a investigar as fraudes em imóveis de interesse social na cidade de São Paulo foi interrompida devido à ausência dos vereadores governistas. A reunião estava agendada para as 11h no Salão Nobre da Câmara Municipal, porém somente os dois vereadores da oposição marcaram presença, enquanto os cinco representantes da base do governo não compareceram.
A terceira sessão da CPI sobre as fraudes cometidas por construtoras em imóveis de interesse social foi cancelada na terça-feira (16), devido à falta de quórum dos vereadores governistas que fazem parte da comissão. A reunião deveria ocorrer no Salão Nobre da Câmara Municipal, mas apenas os dois vereadores da oposição designados para a comissão, Silvia Ferraro (PSOL) e Nabil Bonduki (PT), estiveram presentes.
Dos cinco vereadores ausentes, apenas Rubinho Nunes (União Brasil) apresentou uma justificativa formal, pois estava em viagem oficial em Nova York. Esta viagem gerou polêmica e discussão entre as vereadoras Janaína Paschoal (PP) e Zoe Martínez (PL) devido ao uso de recursos públicos, embora Rubinho tenha arcado com os custos utilizando capital próprio.
A CPI das Habitações de Interesse Social (HIS) só foi instalada após duas decisões do Tribunal de Justiça de SP. A base governista pressionou para que outras comissões fossem priorizadas em detrimento dela, mas somente após a intervenção do TJ-SP é que os membros governistas foram designados compulsoriamente pelo presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União Brasil).
Os membros da CPI das HIS são Rubinho Nunes (União Brasil) como presidente, Nabil Bonduki (PT) como vice-presidente, Murillo Lima (PP) como relator, Isac Félix (PL), Marcelo Messias (MDB), Silvia da Bancada Feminista (PSOL) e Gabriel Abreu (Podemos). O vereador Nabil Banduki (PT) expressou sua frustração com o cancelamento da sessão, mas ressaltou a importância de seguir com a investigação das fraudes cometidas pelas empresas de construção civil na capital paulista.
A Justiça determinou a instalação imediata da CPI para investigar as fraudes nos imóveis sociais em São Paulo, e espera-se que os trabalhos prossigam para responsabilizar aqueles que exploram benefícios fiscais e prejudicam o direito à moradia da população necessitada.