A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS segue em pauta com o governo DE saindo vitorioso na proteção de José Ferreira da Silva, irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), conhecido como ‘Frei Chico’. Mesmo sendo alvo de pedidos de convocação, ‘Frei Chico’ não é formalmente investigado pela Polícia Federal (PF).
A base do governo conseguiu evitar a convocação de José Ferreira da Silva com 11 votos favoráveis à convocação e 19 contrários. O Sindnapi é uma das entidades envolvidas no esquema de descontos fraudulentos em benefícios previdenciários e teve seus bens bloqueados por ordem do ministro André Mendonça do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar de conhecido como “Frei Chico”, o irmão de Lula não foi alvo direto de ações e não é formalmente investigado pela Polícia Federal. Mesmo com a rejeição da convocação, os membros da CPI ainda podem apresentar e votar novos pedidos de convocação.
O dirigente sindical é um dos alvos preferenciais dos parlamentares de oposição que tentam associar a gestão de Lula às fraudes no INSS. No início dos trabalhos, congressistas aliados ao governo planejaram um acordo para centralizar a investigação, excluindo ‘Frei Chico’ como alvo.
Durante depoimento à CPI, o presidente do Sindnapi afirmou que ‘Frei Chico’ não tinha funções administrativas na entidade, mas sim um papel político de representação sindical. A defesa da convocação por parte de alguns parlamentares busca esclarecer o papel do irmão de Lula dentro do Sindnapi.
Além da defesa de ‘Frei Chico’ na CPI, houve também tentativas de retirar da pauta pedidos de quebras de sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi. Lupi comandava o ministério durante a primeira operação da PF sobre os descontos fraudulentos no INSS e pediu demissão em meio ao desgaste provocado pelas investigações.
A CPI do INSS segue em andamento com investigações sobre descontos fraudulentos e ações para esclarecer a participação de figuras políticas e sindicais nas operações suspeitas. A CPI ainda pode trazer novos desdobramentos e revelações sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social. A busca por transparência e responsabilização continua sendo um tema central das investigações em curso.