CPI do INSS pede quebra de sigilo e prisão de advogado Nelson Wilians

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A Comissão Parlamentar de Inquérito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está pedindo a prisão preventiva e a quebra dos sigilos fiscal e bancário do advogado Nelson Wilians. Este profissional foi alvo de uma operação da Polícia Federal no último dia 9, por suposto envolvimento em um esquema de fraudes na Previdência. A PF chegou a solicitar a prisão de Wilians, porém o Supremo Tribunal Federal (STF) negou essa medida.

Os requerimentos aprovados pela CPI do INSS preveem a transferência de informações financeiras de Nelson Wilians em dois períodos distintos: entre janeiro de 2019 e dezembro de 2024, e entre setembro de 2020 e setembro de 2025. Além disso, a comissão aprovou o envio ao STF de um pedido de prisão preventiva do advogado. A PF e a Procuradoria-Geral da República também haviam solicitado a prisão de Wilians no início do mês, mas a decisão foi negada pelo ministro André Mendonça.

A Polícia Federal identificou uma conexão financeira entre Nelson Wilians e o empresário Maurício Camisotti, apontado como sócio oculto de uma entidade beneficiada pelas fraudes na Previdência. Segundo os investigadores, Wilians atuava como uma peça-chave utilizada por Camisotti para ocultar e lavar recursos provenientes dessas entidades. O COAF apresentou evidências claras dessa relação ilícita.

Após a operação da PF, o advogado Nelson Wilians decidiu ficar em silêncio perante a CPI do INSS. Ele negou qualquer envolvimento com as fraudes e desvios de benefícios previdenciários, além de afirmar não conhecer o empresário conhecido como “Careca do INSS”. Durante seu depoimento, Wilians se recusou a assinar um termo de compromisso para dizer a verdade.

Mesmo diante das acusações, Nelson Wilians defendeu a operação da Polícia Federal da qual foi alvo, afirmando que terá a oportunidade de apresentar seus argumentos. O advogado é tratado pela PF como um dos responsáveis pelo esquema de desvio de recursos destinados a aposentados e pensionistas do INSS. A CPI do INSS continua em andamento, buscando esclarecer todas as irregularidades nas investigações sobre fraudes na Previdência.

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