Câmara de Poços de Caldas instaura CPI para apurar denúncias de irregularidades na Funerária Municipal
Há suspeitas de desvio de recursos públicos, prática de tanatopraxia (preparação do corpo para o velórios) sem autorização das famílias, corrupção ativa e passiva e vilipêndio de cadáver.
A Câmara Municipal de Poços de Caldas (MG) aprovou na sessão de terça-feira (15) a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades nos serviços prestados pela Funerária Municipal.
O pedido de investigação partiu do vereador Diney Lenon (PT) e recebeu o apoio necessário de 1/3 dos parlamentares da Casa para a sua abertura. Como a requisição obteve o número mínimo de assinaturas, a CPI foi instaurada automaticamente, sem necessidade de votação em plenário.
Entre as denúncias que motivaram o pedido estão suspeitas de desvio de recursos públicos, prática de tanatopraxia (preparação do corpo para o velórios) sem autorização das famílias, corrupção ativa e passiva, além de formação de esquema entre agentes públicos e funerárias privadas. Também há relatos de vilipêndio de cadáver, descumprimento de contratos e conduta incompatível de servidores.
Segundo o requerimento, há casos em que famílias teriam sido coagidas a contratar serviços funerários mediante ameaças indiretas.
A comissão terá 180 dias para verificar a veracidade das denúncias, analisar contratos e ouvir os envolvidos. O prazo pode ser prorrogado pelo mesmo período. Os serviços da funerária funcionam normalmente durante a investigação.
A CPI será formada pelos vereadores Meiriele Maximino (União), Marcos Sansão (PL), Wellington Paulista (PSDB), Diney Lenon (PT) e Rovilson Gouvea (PRD). Os suplentes são: Flávio de Lima e Silva (MDB), Aliff Jimenes (PL), Álvaro Cagnani (PSDB), Tiago Mafra (PT) e Tiago Braz (Rede).
O Diário do Estado procurou a prefeitura para saber sobre as denúncias e sobre a recente exoneração do coordenador da Divisão do Serviço Funerário – que teve a destituição do cargo publicada no Diário Oficial do município de 1º de abril -, mas não obteve retorno dos questionamentos até a publicação desta reportagem.