CPI: Roberto Dias nega participação em negociação de compras da Covaxin

A CPI da Covid ouviu na manhã desta quarta-feira (7), o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, que afirmou não ter participado da negociação do contrato de compra da vacina indiana Covaxin. O nome de Dias foi citado pelo servidos da pasta Luis Ricardo Miranda, em seu depoimento ao colegiado, com um dos responsáveis pela ”pressão” para que o contrato fosse agilizado.

Ao rebater as acusações feitas pelo servidor e seu irmão, o deputado Luis Miranda, Dias questionou as intenções de ambos. O ex-diretor afirmou que estaria sendo alvo de ”retaliação” após negar pedido de cargo para o irmão de Miranda.

Dias tentou colocar sob suspeita a movimentação do parlamentar no caso ”Teria eu atrapalhado algum negócio do deputado?”, levantou Dias. O ex-diretor afirmou que Luis Miranda tem um ”currículo controverso que é de conhecimento público”.

Segundo Dias, Miranda manteria contato com Cristiano Carvalho, representante da Davati no Brasil, desde setembro. “Deputado mentiu e possuía contato com Cristiano desde setembro”, disse, questionando ainda se teria ele “atrapalhado” algum ”negócio” do parlamentar.

“Estou sendo vítima de ataques contra minha honra por duas pessoas desqualificadas”, afirmou.

Dias negou que tenha pressionado o irmão de Luis Miranda para acelerar o contrato da Covaxin. De acordo com ele, a mensagem enviada ao servidor se tratava sobre a vacina da Astrazeneca, e não do imunizante indiano.

Roberto Ferreira Dias também confirmou que participou de um jantar ao lado do policial Luiz Paulo Dominguetti, suposto representante da empresa Davati, mas negou que tenha pedido propina de US$1 na compra de 400 milhões de doses de AstraZeneca.

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