CPMI do INSS avança em investigações com pedidos de quebras de sigilo. Presidente Carlos Viana marca próxima sessão para análise.

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que busca investigar os desvios concernentes às aposentadorias disponibilizadas pelo INSS está tomando medidas decisivas. O presidente da comissão, Carlos Viana (Podemos-MG), revelou que todos os pedidos de quebras de sigilo serão agendados para a próxima sessão deliberativa, marcada para quinta-feira (11).

Até o momento, a cpmi já acumulou 252 solicitações de transferências de sigilo, abrangendo questões bancárias, fiscais, telemáticas (com referência ao acesso ao dispositivo celular) e telefônicas para análise de ligações e localização geográfica durante as chamadas. Notavelmente, a maioria dos requerimentos parte dos parlamentares opositores.

Além disso, ainda existem 220 pedidos dirigidos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o envio de relatórios de inteligência financeira (RIFs) relacionados aos indivíduos envolvidos nas problemáticas do INSS. Esses relatórios foram concebidos com base em informações do setor financeiro, que identificaram transações atípicas nas contas bancárias, nos investimentos e nos cartões.

Até o momento, nenhum dos pedidos de transferência de sigilo foi objeto de deliberação pela CPMI. Os membros da comissão optaram, inicialmente, por se concentrar na convocação e no pedido de documentos às pessoas envolvidas para depoimento, além de investigar órgãos governamentais e entidades associadas.

Os requerimentos atuais buscam obter informações sobre as entidades objeto das denúncias e seus responsáveis. Incluem-se também dados de alguns dos denunciados e indivíduos considerados essenciais pelos parlamentares para o desenrolar das investigações.

Por outro lado, os próximos depoimentos na CPMI incluem personalidades relevantes para o caso, como Antônio Carlos Camilo Antunes, também conhecido como Careca do INSS, o empresário Maurício Camisotti, o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, os ex-ministros da Previdência Social Carlos Lupi e Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, ex-José Carlos de Oliveira, bem como os ex-servidores do INSS Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho e André Fidelis, e o empresário Danilo Trento.

Dentre os pedidos de quebra de sigilo, destaca-se o assessor da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer), Cícero Marcelino de Souza Santos, com um total de 9 solicitações distintas.

A condução dos requerimentos de quebra de sigilo visa promover um consenso entre os membros da base e da oposição na CPMI. A intenção é acatar os primeiros pedidos em consenso, mantendo uma postura imparcial diante do assunto.

Para as próximas sessões da Comissão, já estão confirmados depoimentos importantes, incluindo o ex-ministro da Previdência no governo de Jair Bolsonaro, Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, o Careca do INSS e Maurício Camisotti. A CPMI permanece atenta aos desdobramentos e segue firme em seu compromisso investigativo.

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