Crea: Villa Mix apresenta irregularidades na estrutura

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) encontrou irregularidades no festival Villa Mix. Entre elas estavam a não apresentação do projeto elétrico e estrutural e também ficou constatado que equipamentos de segurança individual (EPI) e coletiva (EPC) não estavam funcionando corretamente.

Outra irregularidade encontrada pelo órgão diz respeito a empresa contratada para gerir a montagem da estrutura do festival. Desta forma, a prestadora de serviços foi autuada já que consta que desde 1º de janeiro de 2017 ela está realizando serviços de forma irregular.

A vistoria foi feita na terça-feira (27) e o anúncio por parte do Crea, nesta quinta-feira (29). O Villa Mix será realizado neste final de semana, no estacionamento do Estádio Serra Dourada, em Goiânia. A organização estima que aproximadamente 120 mil pessoas compareçam nos dois dias de evento.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e a Prefeitura de Goiânia poderão ser acionados se os responsáveis pelo evento não se adequarem ao que foi solicitado pelo Crea.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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