Creche em Mogi das Cruzes enfrenta dificuldades e suspende atividades por falta de repasse da Prefeitura

Uma creche localizada em Mogi das Cruzes está passando por dificuldades e precisou suspender as atividades devido à falta de repasse financeiro da Prefeitura. A unidade, que fica no bairro do Rodeio, atende cerca de 203 crianças, e a situação pegou os pais de surpresa. A Bruna de Lucca Pimentel Rocha, cuja filha estuda na creche, expressou preocupação com o encerramento antecipado do ano letivo e destacou a importância não apenas do espaço físico, mas também da pedagogia e da ética envolvidas no local.

O sentimento de preocupação e tristeza é compartilhado por outros pais que têm seus filhos matriculados na creche e que expressaram sua revolta com a situação. A antecipação do fim do ano letivo decorre do atraso nos repasses de verbas previstos em contrato com a Prefeitura, revelando a dificuldade enfrentada pela instituição para manter suas atividades em funcionamento.

A direção da creche expôs a situação em uma carta aberta à comunidade, informando que, caso os repasses não sejam regularizados, a unidade corre o risco de fechar. Os salários dos colaboradores estão atrasados e custos fixos como luz, energia e água também podem sofrer atrasos. A diretora voluntária da unidade relatou os desafios enfrentados desde outubro, quando os atrasos nos repasses tiveram início.

Diante da situação, a direção do instituto responsável pela gestão da creche buscou apoio judicial para regularizar os repasses pendentes e garantir a continuidade das atividades. Os pais, incluindo Letícia Biaggio, que tem um filho de nove meses na creche, clamam por sensibilidade da Prefeitura para resolver a questão rapidamente e evitar maiores impactos na comunidade escolar.

A Secretaria de Educação de Mogi das Cruzes emitiu nota esclarecendo que o processo de ampliação do número de vagas na creche demandou um aditivo ao Termo de Colaboração, o qual foi concluído recentemente, garantindo o pagamento nos próximos dias úteis. Além disso, a pasta ressaltou que acompanha mensalmente a execução orçamentária das entidades e está trabalhando para retomar o atendimento na unidade o quanto antes. É fundamental que a situação seja solucionada para garantir o bem-estar das crianças e a continuidade das atividades educacionais na creche de Mogi das Cruzes.

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Tradição de Natal: Família de Itapetininga prepara ravioli um mês antes.

Família do interior prepara prato principal do almoço de Natal com um mês de
antecedência

Em Itapetininga (SP), há 60 anos a família Mazzarino se reúne para celebrar o
almoço de Natal com uma receita tradicional da Itália: o ravioli. Mas, para dar
conta da quantidade a produção começa um mês antes.

Família de Itapetininga mantém tradição de Natal em almoço especial

Em Itapetininga (SP), o Natal tem um sabor especial na casa da família Mazzarino. Há mais de 60 anos, a ceia natalina é marcada pela tradição de preparar ravioli, um prato que une gerações e que começa a ser preparado em novembro, um mês antes do almoço tradicional do dia 25 de dezembro.

Maria Angela Mazzarino Adas, aposentada, relembra o início da tradição ao lado do pai. “Meu pai virava o cilindro e eu acompanhava tudo desde os meus sete anos. Era uma festa: conversa daqui, histórias antigas dali, uma bagunça boa, com todo mundo participando”, conta.

A confecção do prato começou a crescer junto com a família, como relembra Inez dos Santos Mazzarino de Oliveira, também aposentada. “No início, tudo era feito na véspera do Natal, com meu pai liderando os preparativos. Mesmo depois que ele e minha mãe se foram, seguimos com a tradição. Agora, é algo que une ainda mais nossa família.”

O prato, que veio da Itália, carrega a história da família. “O ravioli era comida de ceia de festa para minha avó. Minha mãe aprendeu com ela e passou o conhecimento para as noras. Hoje, ele representa nossa identidade familiar”, explica Maria Margarida Mazzarino.

Inicialmente, a receita era preparada apenas com recheio de carne moída. Mas, com o passar dos anos, a família adaptou o prato para atender todos os gostos. “Atualmente, temos uma opção de recheio de palmito para os veganos”, comenta Regina Mazzarino.

Paulo Roberto Mazzarino destaca a importância de envolver as novas gerações. “Antes, as crianças apenas observavam o preparo. Hoje, ensinamos para elas. Temos aqui cinco ou seis crianças que já estão aprendendo e levarão essa tradição adiante.”

O aumento no número de integrantes da família levou a uma mudança nos preparativos. Se antes o prato era feito na véspera, agora as quatro irmãs da família organizam tudo com antecedência, reunindo todos em novembro para preparar a massa e os recheios.

Para a família Mazzarino, o ravioli é mais do que um alimento. “Sem ele, não é Natal”, conclui Maria Margarida.

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