Crédito Social do Governo de Goiás repassa R$ 21 milhões a mulheres

Goiás

Instituído pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), o programa Crédito Social já repassou R$ 21 milhões a mulheres no Estado. Mães solo, chefes de família e mulheres que romperam com ciclos de violência doméstica estão entre as beneficiadas com até R$ 5 mil para iniciar uma atividade econômica. Até o momento, 93% do total de R$ 23 milhões em investimentos foram destinados ao público feminino.

O secretário de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, comemora os resultados do programa: “O objetivo do Governo de Goiás é dar autonomia. Preocupamos com atendimentos emergenciais, com a segurança alimentar, mas queremos chegar é na superação da situação de vulnerabilidade. Queremos que essas mulheres sejam verdadeiramente empoderadas”.

O programa garante repasse de recurso, por meio de transferência direta de renda, a alunos aprovados em cursos de capacitação. A qualificação é oferecida gratuitamente pelo Estado, numa parceria da Seds com a Secretaria da Retomada, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e a Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

Fabiana Gadotte é uma das beneficiárias. Ela cria sozinha a filha de cinco anos. “Estava desempregada há um ano. Já tinha feito um curso de geladinhos gourmet e fiz outro de confeitaria, para ampliar minha produção. Com o Crédito eu comprei todos os equipamentos, comecei meu negócio e tenho vendido cada dia mais”, conta.

O impacto desse benefício para Fabiana não foi somente econômico. “Eu trabalhava fora quando minha filha nasceu. Ela aprendeu a andar, eu não vi. Ela aprendeu a falar, eu não estava lá. Passava o dia todo no trabalho, chegava cansada. Hoje considero que poder trabalhar em casa, ao lado dela, é qualidade de vida”, diz.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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