Crédito Social reforça combate à violência doméstica

Crédito Social contempla 12 mil mulheres e reforça combate à violência doméstica

Cerca de 80% dos 15 mil beneficiários com o Crédito Social, gerido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), é composto por mulheres, que recebem cada uma o valor de até R$ 5 mil para investir em um negócio próprio, após passar por um curso de formação profissional oferecido via COTECs. Com R$ 23 milhões já liberados pelo Governo de Goiás, via Fundo Protege, de um total de R$ 30 milhões, mais de R$ 18 milhões são movimentados por 12 mil mulheres em todo o Estado, em negócios como serviços de beleza, culinária, olericultura, horticultura, avicultura, apicultura, piscicultura, dentre outros.

A iniciativa da atual gestão leva qualificação profissional ao público feminino, por meio de cursos profissionalizantes promovidos pela Secretaria da Retomada (SER), via Colégios Tecnológicos (Cotecs). E para garantir que a capacitação seja um diferencial na vida da mulher, o Governo de Goiás oferece o apoio econômico para montar ou incrementar seu próprio negócio e a chance de romper com um ciclo de violência ao refazerem a própria vida.

As ações sistemáticas do Governo de Goiás no combate à violência contra a mulher iniciaram em 2019 com a instituição do Pacto Goiano pelo Fim da Violência contra a Mulher e a criação de um comitê gestor estadual, que reúne entidades públicas, sociedade civil e organizações para trabalharem juntos nesta causa. Uma das principais frentes deste combate é a promoção da emancipação da mulher, do ponto de vista profissional e financeiro, já que esse tipo de dependência em uma relação afetiva é, muitas vezes, o principal fator que a mantém presa em um ambiente de violência doméstica.

É o caso da Tatiane Aparecida Souza Pinto, moradora do Parque dos Buritis, em Goiânia. Com 40 anos de idade, mãe de dois filhos, um de 16 e outro de 22 anos, ela fez o curso de beleza, recebeu o crédito, comprou os equipamentos para montar o seu salão e afirma que sua vida mudou da água para o vinho. “Eu trabalhava de empregada doméstica, era uma vida difícil, hoje faço algo que amo, ganho mais e sonho em ter minha própria rede de salão”, compartilha Tatiane, que por anos foi vítima de violência praticada pelo ex-companheiro, incluindo várias tentativas de homicídio. Foram quatro processos com base na lei Maria da Penha e ainda hoje ela é amparada por medida protetiva.

Fabiana Gadotte de Souza recebe as encomendas da sua confeitaria pelo Whatsapp. Ela fez o curso na área pelo Cotec e foi contemplada com o Crédito Social. “A formação me trouxe muito conhecimento e meu produto melhorou bastante, inclusive a estética, ficou perfeito”, comemora Fabiana, que estava desempregada há um ano, quando fez a formação. No seu caso, o benefício maior, além de investir em um empreendimento, foi ter encontrado um caminho para superar uma depressão. “Hoje vivo de confeitaria“, celebra Fabiane, solteira, aos 32 anos e com muitos planos para ela e a filha, de cinco anos.

Histórias como a de Tatiane e Fabiana ilustram como o combate a violência contra a mulher passa também por um suporte às suas vidas profissional e financeira, seja em caso explícito de violência, ou na condição de mãe solo, considerando que é grande o contingente de mulheres nesta situação em nossa sociedade. O Crédito Social não é um empréstimo, é uma transferência de recursos, o que significa dizer que não há pagamento de volta por parte das beneficiárias.

O programa faz parte do Goiás Social, que reúne diversas áreas do governo em prol da superação de carências e uma saída sustentável da condição de vulnerabilidade. A iniciativa está sob a gestão do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), coordenado pela primeira-dama, Gracinha Caiado.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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