Cremego repudia prisão de médica em hospital de Goiás: caso em apuração

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) manifestou repúdio e lamentou a conduta dos policiais civis que levaram uma médica do Hospital Estadual de Trindade para a delegacia após exigirem atendimento prioritário. O caso, que aconteceu durante um plantão, gerou indignação e preocupação em relação à segurança e respeito aos profissionais de saúde. A polícia informou que a situação está sendo apurada pela Corregedoria da instituição, garantindo que todas as providências serão tomadas para esclarecer os fatos.

No episódio, a médica relatou que os policiais desrespeitaram as normas do hospital ao exigirem prioridade na realização de um exame de corpo de delito, interrompendo o atendimento de outros pacientes. Ela solicitou que aguardassem do lado de fora, porém um dos policiais se irritou e a intimou. Após a realização do exame, os policiais retornaram e a médica foi surpreendida com a voz de prisão, sendo obrigada a segui-los para a delegacia, em meio a um ambiente hospitalar lotado de pacientes.

Na delegacia, a médica foi submetida a abusos psicológicos pela policial envolvida na prisão, que tentou coagi-la e a intimidou com ameaças relacionadas a um possível processo por falso testemunho. Após prestar depoimento, a profissional foi liberada, porém, devido aos acontecimentos, não conseguiu finalizar seu plantão devido ao abalo emocional sofrido. A advogada da médica afirmou que medidas serão tomadas contra o estado em busca de reparação pelos danos morais e pela defesa da inocência de sua cliente.

O Hospital Estadual de Trindade lamentou o ocorrido e afirmou estar colaborando com a apuração dos fatos, reforçando seu compromisso com o atendimento de qualidade à população e apoio aos profissionais de saúde. O Cremego emitiu uma nota de repúdio à prisão da médica, destacando a importância de se apurar o caso de forma rigorosa e garantindo que serão tomadas as devidas providências para que situações como essa não se repitam.

Espera-se que as autoridades responsáveis, incluindo o governador Ronaldo Caiado, intervenham de maneira firme e justa nesse episódio, assegurando a segurança e respeito aos profissionais de saúde que atuam no estado de Goiás. A saúde pública já enfrenta desafios e dificuldades, e os médicos não podem ser expostos a mais formas de agressão e desrespeito em seu ambiente de trabalho. É fundamental que casos como esse sejam tratados com seriedade e responsabilidade, visando a integridade e valorização dos profissionais de saúde.

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Operação da Polícia Federal em Goiânia apreende R$20 mil em espécie e desarticula esquema de lavagem de dinheiro

A Polícia Federal realizou uma operação em Goiânia que resultou na apreensão de R$ 20 mil em espécie, quatro armas de fogo e diversas munições. Durante a ação, uma pessoa foi presa em flagrante por portar uma arma de fogo. O dinheiro foi encontrado escondido dentro de um livro e dentro de uma caixa de sapato. A operação, denominada Spettro, faz parte da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e tem como foco investigar um grupo suspeito de lavagem de dinheiro em Goiás. Segundo o delegado Bruno Zane, os agentes da Polícia Federal realizaram 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, incluindo na capital e em outras cidades como Aparecida de Goiânia, Caucaia, Porto Velho e Pontes e Lacerda.

As investigações da Polícia Federal tiveram início em abril deste ano, após denúncias de que um grupo de pessoas com antecedentes criminais estavam movimentando grandes quantias de dinheiro sem justificativa legal. A operação revelou que quase todos os alvos possuíam antecedentes relacionados ao tráfico de drogas e alguns eram considerados de grande periculosidade. Até o momento, os nomes dos suspeitos não foram divulgados, e o g1 não obteve contato da defesa para um posicionamento.

Segundo informações da Polícia Federal, 14 pessoas estão sendo investigadas na operação, e durante as buscas foram apreendidas quatro armas de fogo, diversas munições, R$ 20 mil em espécie e documentos. Os suspeitos estariam ocultando e dissimulando valores em dinheiro por meio de uma rede de movimentações entre contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, utilizando intermediários como familiares e ex-companheiros na rede de transações.

O delegado responsável pela operação afirmou que os suspeitos estavam utilizando empresas para lavar dinheiro e colocá-lo de forma limpa no mercado, sem laço patrimonial que justificasse a movimentação financeira. Muitas pessoas recebiam Auxílio Emergencial e estavam movimentando quantias milionárias, revelando um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro. A Polícia Federal segue investigando o caso e tomando as medidas necessárias para coibir atividades criminosas.

Para mais informações sobre a operação em Goiás e outras notícias da região, acesse o canal do g1 Goiás e confira os vídeos com as últimas notícias. A Polícia Federal segue trabalhando para garantir a segurança e a ordem pública, combatendo o crime organizado e a lavagem de dinheiro em todo território nacional. É fundamental que a população denuncie atividades suspeitas às autoridades competentes, contribuindo para um país mais seguro e justo para todos.

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