O Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) informou que abriu uma sindicância para investigar a morte de uma técnica de segurança do trabalho de 28 anos durante um procedimento estético realizado na clínica Amacor, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
Marilha Menezes Antunes morreu tarde de segunda-feira (8), horas após dar entrada na unidade de saúde. Familiares da jovem afirmam que a clínica não contava com equipamentos adequados para casos de emergência e acusam a equipe médica de negligência. A unidade de saúde nega (veja nota abaixo).
Nesta terça (9), profissionais do Cremerj, agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) e da Vigilância Sanitária estiveram na clínica para uma vistoria. Durante fiscalização na clínica, a Polícia Civil encontrou materiais com data de validade vencida, incluindo ampolas utilizadas no centro cirúrgico e soluções injetáveis de glicose, que também são empregadas em procedimentos estéticos.
Marilha Menezes teria passado por uma lipoaspiração com enxerto nos glúteos. Familiares afirmam que ela era saudável e havia feito todos os exames exigidos para o procedimento. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande aponta que a morte da jovem foi motivada por uma “ação perfuro contundente” no rim e hemorragia interna. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. A vítima deixa um filho de 6 anos.
O velório e o enterro da jovem acontecem nesta quarta (10) no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. A clínica Amacor informou que o centro cirúrgico conta com todos os equipamentos necessários para emergências cardiovasculares e respiratórias, como desfibrilador bifásico e carrinho de parada cardiorrespiratória completo, e que as manobras de ressuscitação foram iniciadas imediatamente, conforme os protocolos do Advanced Cardiac Life Support (ACLS).




