Crer alerta sobre a prevenção do câncer de cabeça e pescoço

Crer alerta sobre a prevenção do câncer de cabeça e pescoço

O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), unidade da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), intensificou os alertas sobre a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer na região da cabeça e pescoço, em alusão à campanha Julho Verde.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer(Inca), a previsão para o Brasil, em 2023, é de que surjam 39.550 novos casos desse tipo de câncer, incluindo na soma os cânceres de cavidade oral, tireoide e laringe.

Durante a campanha da voz, iniciada em abril deste ano, e que se estende até o final do mês de julho, o Crer realizou um mutirão de exames preventivos de câncer de boca, laringe e garganta, com atendimentos voltados à pacientes que são tabagistas e que apresentavam rouquidão acima de 15 dias.

Conforme dados do Inca, o câncer de laringe representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem a região da cabeça e pescoço e 2% de todas as doenças malignas. O médico otorrinolaringologista do Crer, Hugo Valter Lisboa Ramos, alerta para os principais sintomas. “Rouquidão, pigarro constante, falhas na voz, cansaço ao falar, dor ou ardência na garganta, dificuldade para engolir ou para respirar”, pontuou.

Ainda segundo o médico, o tabagismo é o principal fator de risco para o surgimento da doença, que é 10 vezes mais frequente em fumantes. “A associação entre tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas multiplica ainda mais o risco de desenvolver o câncer da laringe”, afirma. A chance de cura do câncer de laringe é de aproximadamente 95%, com o diagnóstico precoce.

DO CRER PARA A EUROPA

Em maio de 2023, Hugo Valter, que também é o supervisor de residência médica de otorrinolaringologia do Crer, foi convidado para ministrar uma palestra sobre leucoplasia, no 70º Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço, realizado na cidade de Albufeira, em Portugal.

“Esse tipo de lesão é comum de acontecer em pacientes que fumam, bebem ou tem refluxo gastroesofágico, com sintomas iniciais de rouquidão, alteração na voz que persiste por mais de 15 dias. A laringe pode ser examinada durante a consulta com um exame indolor, se existir uma suspeita de câncer, o próximo passo é a realização da biopsia, para descartar ou confirmar o diagnóstico”, ressaltou.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos