Crer ultrapassa 1 milhão de procedimentos em 2023

O Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) finaliza o ano de 2023 com números que reafirmam a excelência do trabalho oferecido pela unidade do Governo de Goiás. Foram mais de 1 milhão de atendimentos/procedimentos ofertados. Em 2023, até novembro, foram realizadas mais de 9 mil internações hospitalares, 8 mil cirurgias, 176 mil atendimentos ambulatoriais, 355 mil sessões de terapias especializadas, 15 mil órteses e próteses dispensadas, 465 mil exames clínicos e de imagem e 700 atendimentos pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

Desde 2020, o Crer também é um dos cinco centros de referência credenciados no Brasil para a troca e manutenção de processadores de aparelhos de implante coclear pelo SUS. O hospital promove o acompanhamento terapêutico dos pacientes que realizaram o procedimento na unidade e em outros centros do SUS pelo Brasil, somando mais de 300 pessoas em tratamento na instituição.

“O implante coclear é uma das grandes descobertas da medicina, que traz impacto significativo na vida de um bebê que nasce sem audição, melhora a qualidade de vida de um adulto que teve perda auditiva”, explica Pauliana Lamounier, otorrinolaringologista do Crer. O serviço de implante coclear da unidade de saúde iniciou as atividades em 2012 e já realizou 303 cirurgias.

O Crer é reconhecido como CER IV (Centro Especializado em Reabilitação) pelo Ministério da Saúde, sendo habilitado a atuar na reabilitação das quatro deficiências: física, auditiva, visual e intelectual. O hospital oferece consultas, exames, internações e cirurgias, entre outros procedimentos. Para o Diretor Geral do Crer, Válney Luís da Rocha, o balanço do último ano é gratificante. “O ano de 2023 foi marcado pela superação de desafios e pelas oportunidades de melhoria contínua do nosso serviço. Certo de que contamos com uma equipe ímpar de profissionais, vislumbro um ano de 2024 ainda mais repleto de conquistas para o Crer”, comemora.

Para Aparecida Xavier, paciente no Crer há 20 anos, o implante representou a reconquista de sua independência. “Eu perdi a audição com 28 anos em decorrência de um problema genético hereditário. Me sentia muito deprimida e foi difícil me adaptar à perda auditiva. Fiz a cirurgia em 2018 e o implante coclear foi a melhor coisa que me aconteceu. Hoje me sinto feliz e produtiva, e todo o tratamento no Crer foi muito importante para a minha reabilitação”, ressalta.

Este também foi um ano em que a qualidade dos serviços oferecidos pelo Crer foi destaque nacional. A Unidade de Terapia Intensiva foi contemplada com o selo “UTI Top Performer” do “Projeto UTIs Brasileiras”, da Associação de Medicina Intensiva Brasileira – Amib e Epimed Solutions. Reconhecimento da relevância do trabalho realizado. Em Goiás, duas unidades da Secretaria de Estado da Saúde (SES) conseguiram a honraria. Na avaliação da Anvisa, o Crer atingiu 100% de conformidade no Relatório da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente em hospitais com leitos de UTI.

O Crer é gerido pela Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde – Agir, e foi o primeiro hospital de reabilitação do país e o primeiro hospital público do Centro-Oeste a conquistar o certificado de Acreditação com Excelência – Nível 3 (maior grau) da Organização Nacional de Acreditação (ONA), título de referência que mantém.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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