Cresce número de atendimentos envolvendo violência e ameaças em escolas de Goiás

ameaças de massacre

Cresce número de atendimentos envolvendo violência e ameaças em escolas de Goiás

Brigas, ameaças e promessas de atentados. Esse é o cenário vivido pelas instituições de ensino do estado e do país nos últimos meses. Para se ter ideia, apenas nos primeiros cinco meses do ano, a polícia interceptou ao menos 20 ameaças de atentados em escolas estaduais e municipais de Goiás. 

Nesta quinta-feira, 8, por exemplo, duas ameaças de massacre em escolas foram registradas pela Polícia Militar (PM) e Polícia Civil (PC). Os casos ocorreram em Goiânia e São Francisco de Goiás, a 96 km da capital.

As instituições de ensino alvos das ameaças foram o Colégio Santo Agostinho, localizado no Setor Central, e o Colégio Estadual Antônio Ferreira. Entretanto, nenhum dos dois casos representou risco real aos ambientes de aprendizado.

Maioria das ameaça não passa de trote 

Para o Comandante do Batalhão Escolar da PM, Tenente Coronel Wolney Ferreira da Silva, as ameaças de atentado vêm ocorrendo em todo o país. Porém, em sua grande maioria, as ameaças não passam de trotes realizados por alunos, a fim de evitar uma prova ou trabalho.

“Esses alunos fazem isso porque querem prolongar um feriado ou evitar uma prova. Eles escrevem essas ameaças para provocar medo e cancelar as aulas, e consequentemente, alcançar seu objetivo”, explicou.

Conselho tutelar 

Não só as ameaças de atentados vêm se tornando comuns nas unidades de ensino, mas também os casos de ameaça contra professores e brigas envolvendo os próprios alunos. Conforme o conselheiro tutelar de Goiânia, Valdivino Siqueira, a instituição tem registrado mensalmente 25 casos de violência nas escolas.

Para ele, os casos de violência nas instituições aumentaram muito depois da pandemia e envolvem desde brigas e ameaças entre alunos, a violência do aluno contra o professor e do professor contra o aluno. Ainda de acordo com Valdivino, os conselheiros de Goiânia realizam palestras de conscientização para tentar diminuir os casos de violência.

“A situação está sendo bem corriqueira. Esta semana atendi um caso onde um aluno, de 12 anos, ameaçou o professor de morte. Ele mandou foto de arma e tudo. Além disso, também teve um caso de um aluno que foi com uma faca para a escola para matar o colega. Os conselhos tutelares estão ficando muito preocupados”, concluiu.

Acompanhamento 

O conselho diz que o aluno agressor, caso cometa algum crime, é encaminhado à delegacia para responder pelo ato análogo ao crime praticado, enquanto a família do menor é advertida. A criança ou adolescente vítima, por outro lado, recebe uma medida protetiva e posteriormente é acompanhado por um psicólogo.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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